Saturday, July 31, 2004

A Princesa e o Cavaleiro

Não, não me refiro a Safiri, e sim aquela batida história de que a maioria das meninas de antigamente ficavam esperando seu principe encantado, e que as meninas de hoje não mais o fazem, por serem descoladas, avançadas e outras adas a perder de vista. Estas pobres criaturas não perderam apenas uma ilusão ingênua, perderam mesmo a graça de viver.O príncipe que nunca veio deveria ficar guardado nos seus sonhos, para servir de manancial para a imaginação, aquela imaginação criadora que gerou poetisas, artistas,santas e aventureiras. Hoje não mais, mataram o príncipe no berçário (sorte dele, ou a futilidade o envenenaria e o pobre cairia convulsionado), daí a profusão de "alternatividades" e melancias penduradas no pescoço e a imanente depressão.São o espectro do príncipe morto a assombrá-las.

Wednesday, July 28, 2004

Genocídio no cu dos outros é refresco

A ONU tem para a paz mundial a mesma importância que o INSS tem para conceder uma aposentadoria dígna, ou seja, nenhuma. É tão inefetiva nesse ponto quanto a finada Liga das Nações, só que estrondosamente mais cara e mais ridícula.
Nesse momento 2 milhões de NEGROS (estão ouvindo esquerdinhas do mundo, tão preocupados com o preconceito racial) ouçam novamente: 2 milhões de PRÊTOS, AFRO-AFRICANOS(esquerdinhas adoram compostos com afro), pois tomem : 2 milhões de AFROS! estão prestes a morrer de inanição e insolação nos desertos do Chade e do Sudão ocidental.
Milícias árabes, financiadas e armadas pelo governo fundamentalista com tinturas socialistas de Cartum, atacaram e destruíram centenas de aldeias de negros sudaneses cristãos e animistas no S e W do país, matando os homens em condições de lutar, roubando seus animais e seus estoques de alimentos e fazendo uma limpeza étnica sem precedente nas últimas décadas, jogando milhares de família sem alimento e água para uma das regiões mais inóspitas do planeta.Agora me digam senhores, o que a ONU está a fazer?
O de sempre, discutir em intermináveis reuniões e deliberações uma moção contra o Sudão (provávelmente com todos as precauções possíveis para não ferir a sucetibilidade desse recente ex-membro da Comissão de Direitos Humanos e de outros regimes islâmicos tirânicos). Sim, pois até ontem ainda não tinha definido se poderia ser usada a palavra genocídio para a situação de dois milhões de pessoas esqueléticas, sem comida e com pouca água, exposta a um calor de 38 graus de dia e um frio de 7 graus a noite, mais o risco de cólera ,tifo e meningite.Preferem chamar de "situação emergencial".
Má Dio Santo!O que colocaram na mamadeira dessa gente quando criança?Será que seus obstetras ligaram o cordão umbilical antes de fazer o parto? Será que eles têm mãe?E se tiverem,em que zona elas trabalham?
O grau de descolamento da realidade aí já se tornou perene. Gente assim eu não deixaria nem desentupir minha privada, quanto mais querer governar o mundo!
E me digam, quantas notícias saíram nos veículos de comunicação sobre esse acontecimento, que pode se transformar no primeiro morticínio deste século?Quantas notícias sobre a ameaça de morte por inaniçao de outro milhão de negros no Zimbabwe, após a criminosa expulsão dos fazendeiros brancos de suas terras pelo tirano socialista Mugabe, á título de uma reforma agrária, que levou a queda na produção agrícola de mais de 80%?Aonde estão as caras e bocas de indignação dos nossos apresentadores e a pena irada de nossos jornalistas?
Não, nem um pio!Mas basta os americanos atirarem numa dezena de terroristas no Iraque ou Israel explodir algum facínora do Hamas, para que as ditas caras, bocas e sombracelhas também explodam, numa profusão de caricaturas de indignação, que me faz pensar se estas criaturas não estão levando algum choque nos esfíncteres por debaixo da mesa.
E agora, o que fazem?O de sempre, fazem de conta que não é com eles.
Sabem quem está se movimentando para tomar uma atitude?
Os EUÁ, para variar.Enquanto europeus (com a sempre excessão Inglaterra) ficam fazendo seus biquinhos de incapacidade e hipocrisia (como o fizeram quando das crise na Bósnia, Albânia, Macedônia e Ruanda- sendo que nos três primeiros ainda deu tempo dos americanos intervirem e evitarem um desastre de proporções maiores), os americanos se preparam para intervir no conflito.
Quero ver se agora também vão fazer mil marchinhas pela paz, com um bando de idiotas e vagabundos fazendo performances nojentas e gritando slogans batidos.Essa gente fede!Por dentro e por fora!Vou parar por aqui, pois apressão está subindo!

Ops!Acabei de ficar sabendo que nosso representante na ONU votou pela denominação de situação emergencial e não genocídio!!! Vou vomitar e rasgar meu RG!

Poetry

Butterfly on a Wheel

Silver and Gold and it´s growing cold
Autumn leaves lay as thick as thieves
shivers down your spine chill you to the bone
´cos the mandolin wind is the melody that turn your heart to stone
The heat of yours breath carving shadow on the mist
Every angel has the wish that she´s never been kissed
A broken dream haunting in your sleep
And hiding in your smile a secret you must keep,
love cuts you deep

Love breaks the wings of a butterfly on a wheel
Love breaks the wings of a butterfly on a wheel

there´s no scarlet in you, lay your veil down for me
As sure as God made wine, you can´t wrap your arms around a memory
Take warmth from me, cold autumn wind cut sharp as a knife
And in the dark for me, you´re the candle flame that flickers to life
Wise man say all is fair in love and war
There´s no right or wrong in the design of love
And I could only watch as the wind crushed your wings

Broken and torn, crushed like a flower under the snow
and like the flower in  spring
Love will rise again to heal your wings

Love  heals the wings of a butterfly on a wheel
Love will heal the wings of a butterfly on a wheel

(The Mission -1990)      

Mistérios herméticos

Grandes enigmas paralisam a humanidade, eis dois:
-Por que entre os smurfs somente a smurfette era fêmea?
-Em todo o esquema de governo petista, com seus mais de 100.000 apaniguados e colaboradores, tem algúem que sabe o que se deve fazer lá em cima?
Não há respostas (tenho minhas teorias para ambas, mas envolvem sordidez,taras e anões vestindo couro, coisas que chocariam algumas alminhas sensíveis que frequentam este site). 


Sunday, July 25, 2004

Sinistra decente

Sou conservador na  visão total da sociedade, mas liberal em economia e defendo a doutrina social da Igreja como a melhor forma de dirimir as diferenças inerentes ao funcionamento do sistema capitalista, através do fortalecimento moral dos participantes do mesmo.Mas não sou refratário às discussões com aqueles que tem uma perspectiva mais à esquerda, desde que não seja totalitária. Acho importante a alternância no poder e a fiscalização do estado e dos parlamentos pela oposição (desde que honesta). Exemplos de esquerda inteligente pode ser encontrada, tanto lá fora (a magnífica Pilar Raiola, o trabalhista britânico Tony Blair, alguns socialistas italianos) quanto aqui dentro (Jacob Gorender, o pessoal do site Primeira Leitura, em especial o jornalista Reinaldo Azevedo- que mistura brilhantemente erudição, capacidades analíticas e de síntese com humor fino), mas caramba, é justo essa esquerda a mais bombardeada e caluniada pela esquerda totalitária, que faz de tudo para arrasta-la para fora do debate político-cultural, tal qual fez com a direita. Ou os homens e mulheres de coragem desse país passam a esquecer suas diferenças acessórias nestes aspectos, ou não teremos mais uma República, e sim uma famigerada "democracia popular".Cruz credo(batendo na madeira).

Ai Jesus!

O Sr. José Saramago vem a público dizer que os adultos deveriam ler mais estórias infantis.Estará o gajo apresentando finalmente um momento de lucidez após mais de 70 anos de obinubliação! Sim, pois até aqui a melhor definição de saramago havia sido feita na coluna do Agamenon alguns anos atrás - embaixo de uma foto onde havia um burrico com uma fila de miseráveis atrás com os dizeres: "Saramago lidera marcha de sem-terras".No seu estilo, na caracterização dos seus personagem, na condução da história, ele é um grande escritor. Diferentemente da esquerda hidrofóbica, sei muito bem distinguir o que é talento do que é simples falcatrua intelectual(assim como o Veríssimo tem talento para escrever crônicas e o Chico Buarque para compor letras e músicas)  . O homem escreve bem, mas o que eu  quero frisar aqui não é a capacidade intelectual destes senhores, e sim sua honestidade intelectual, seus valores, sua ética peculiar.Para eles a ética é meramente utilitária, está a serviço da causa. Daí não se constrangerem nem um pouco em darem seu apoio ao primeiro ditador ou genocida que apareça, desde que se identifique com suas cores ideológicas. Mas porque dizia eu que o português teve seu primeiro momento de lucidez.É simples, mesmo involuntariamente, Saramago deu um grande conselho aos brasileiros- lerem estórias infantis. Ao contrário do lixo editorial que tal qual curva de rio encalha em nossas barrancas, as estórias infantis tem muito o que nos ensinar, a começar pelos nossos homens públicos ou empresários (obviamente  que aqui me refiro as estórias infantis, digamos ,"clássicas" - não aquelas ideologicamente modificadas com o propósito imoral, criminoso mesmo, de doutrinação precoce). Quem sabe lendo os contos de Andersen, Moliére, Saint-Exupèrry, os ciclos aturianos, as sagas nórdicas e os doze pares de frança em versões para crianças, Tom Sawyer e Huckleberry Finn, etc.; esses imbecis prepotentes não passam a enxergar um pouco aqueles valores perenes(sem os quais nos tornamos bestas-feras ou meros zumbis), que desde que surgiu a humanidade tem sido transmitidos de geração em geração justamente pelas estórias, mitos e lendas. Primeiro em volta de fogueiras dentro de lúgubres cavernas, até as miseráveis choupanas de camponeses medievais ou quartos de sólidos castelos, onde , desde o mais miserável até o mais nobre pai, procurava transmitir aos seus herdeiros essas noções mínimas, indispensáveis para a batalha da vida.Usando da alegoria, da metáfora, do enredo sabiamente adaptado para a mentalidade infantil, a estória e  o conto expunham a jovem mente a um mundo novo, do qual poderia tirar fundamentos que o apoiariam na vida real. Mas sei também que minhas esperanças não são muito fundadas, pois Saramago sempre esteve entre aqueles que procuraram minar toda a base moral que serviu de apoio para a civilização ocidental, expondo-as a análises relativistas e propalando a ideia marxista de subordinação das criações do espirito à infra-estrutura material (leia-se econômica).Acho portanto se tratarem de meros arroubos da senilidade (leia-se gagá).

Os roedores da Glória

A inveja e a maledicência andam de braços entrelaçados como um casal de namorados. E estamos vivendo nesta terra decadente um dos maiores espetáculos de mau-caratismo da história. Digo isso ao ver a reação das pessoas da classe dita culta frente a acontecimentos aparentemente semelhantes, que tomam aspectos diferentes (as reações) em virtude da cor ideológica.
Vejamos:
Um grupo de jovens inteligentes, que escrevem em seus blogs na internet, são convidados por uma editora nova para publicarem um livro. Tudo por conta e risco deles mesmos (autores e editora). ou seja, se vender bem, terão lucro. Se não, terâo prejuízo. Eles e somente eles.
Algum problema? A princípio não. Mas acrecente o fato que eles são considerados "de direita".
Ah! Então eles não fizeram o livro por gosto ou prazer de escrever.Não, eles se utilizaram da internet para divulgarem seu livro. Oh! Ira divina, eles querem ganhar dinheiro!
Bom, mas se por acaso, um cineasta, filho de um banqueiro, para fazer um filme, usa de financiamento público, ou de renúncia fiscal por parte de empresas que investirem nele, sem nenhuma contrapartida de resultados. Se o filme lucrar, quem ganhará com isso será somente o produtor/diretor, o erário público só terá de volta o que financiou. Porém, se tiver prejuízo, quem arcará será justamente o erário, pois os prazos para pagamento são dilatados a perder de vista, e os juros embutidos são de pai para filho.
E então, algo errado? É claro!
Ah! Mas tem um detalhe, o cineasta é de esquerda , e o filme é altamente ideológico.Por que não disseram antes, então aí o filme é "estratégico" para o país. É um risco que podemos correr e um dinheiro do contribuinte que podemos perder, pois o filme tem uma função "social". 
Dois pêsos e duas medidas, descaradamente proferidos, com tom de verdade inquestionável. e La nave va. Descemos muito.  
  

still about guns and that Saint Charles Bronson blesses us

Meu avô, italiano invocado, gostava de armas e de caçar.Tinha uma Rossi cano duplo e uma Winchester de recarga. Morava numa cidade de cerca de 5000 habitantes da Alta Sorocabana onde não havia casa que não tivesse ao menos uma arma de fogo, fosse simples garrucha ou espingarda caseira. A alegria da peãozada era tomar pinga em buteco de esquina ao cair da tarde, frequentar o puteiro perto da rodovia e jogar pelada de fazenda nos fins-de-semana. A molecada desde pequena tomava gosto por revólveres de espoleta e espingardinhas de pressão (como o chumbinho precisava comprar passei a usar sal grosso para recarregar, quando tive a idéia de acrescentar pedaços de carvão vegetal à carga - deixava uma marca preta no local atingido- era um paint-ball caboclo). Agora me pergunte quantos homicídios ocorreram na cidade em cerca de 20 anos. Respondo-lhes: quatro, dos quais três por armas brancas- respectivamente faca, foice e machado, e um foi passional- atropelamento com caminhão. Não houve sequer um assassinato com arma-de fogo. Dos conhecidos que participavam dos tiroteios infantis pelos arrebaldes da cidade nenhum se tornou marginal ou psicopata assassino. Inclusive o mais animado e de melhor pontaria entrou para um seminário e é da ordem salesiana atualmente.Portanto, quando vem algum sujeito para  o meu lado falando dessa história de armas de brinquedo gerarem violência, pergunto se nesse dia ele já foi tomar no cu.

às armas cidadãos!

A quadrilha mandou nos desarmar.Me assusta, não a atitude da quadrilha em si, o que já era esperado, mas a docilidade e a alegria do rebanho idiota. Vou me mudar para algum morro de nome ridículo e prestar vassalagem para algum mandatário de nome mais ridículo ainda. Pelo menos nenhum Rubens César vai ter coragem de fazer campanhas baitolas e distribuir rosas por lá. Levam bala!

Já fui do Zé

Como já foi dito por aí : "Socialismo é que nem caxumba, tem que dar na idade certa, senão deixa sequelas".Como qualquer aborrescente normal passei pela dita fase, mas mesmo então, nunca me apeteceram dois tipos de esquerdismo: o galopante politicamente correto (praga originada de uma mutação de uma doença frankfurtiana que invadiu a América e desde então se tornou pandemia) e aquela história de socialismo latino (..'quero vê Cuba lançá..'), com boininhas, camisetas de Chê e bisonhices tais.Bundalelê nunca foi meu negócio. Gente rebolando e gritando refrões afro me dão arrepios, e banquinho com violão é pra ceguinho em porta de estação de metrô ganhar umas moedas. Naquela época o que eu vislumbrava para o futuro socialista era a URSS velha de guerra, admirava o paizinho Koba e a múmia paralítica (vladmir morreu de um acidente vascular cerebral, portanto ficou paralítico antes mesmo de ser mumificado). Na verdade era um fascista eslavo. Para mim eram mais limpinhos, mais organizados, e terem mandado matar o anãozinho barbicha com uma picareta foi engraçado.Bom,me liguei ao PCB. Todo jovem é ridículo por princípio, já dizia o sábio Ban-Ban (minha terra é prodiga em sábios): "-Faiz parte!".
Indio quer apito e a molecada quer alguém que lhes mande calar a boca, sempre foi assim e não vai mudar. Vivesse eu minha juventude na Alemanha dos trinta e teria colocado bermudas ridículas com suspensórios gritando "Sieg heil!"- apesar de achar essas histórias de nibelungos e gottdamerung viadagem da grossa- mas que fraulein Riefenstahl sabia filmar, ah.., isso sabia.E também (na época, of course) dava um belo caldo!        

Chose one

Horrendo dilema vivia esse país até pouco: serás uma meritocracia ou uma merdocracia?
O cheiro reinante me diz que escolhemos irremediavelmente a segunda. Chamem o Alfredo!

Monday, July 19, 2004

Erro Fatal

Como disse no texto anterior que discordava em vários aspectos da orientação dada a educação durante o período militar, eis o porquê:
- Em virtude da necessidade de mão-de-obra técnica para suprir a enorme demanda de profissionais, suscitada pelo desenvolvimento industrial acelerado daquele período, o governo passou a dar mais atenção a este setor, concentrando seus investimentos em formação nestas áreas técnico-científicas, contratando professores estrangeiros, montando laboratórios de ponta, liberando verbas para pesquisa e programas científicos- o que gerou um corpo de cientistas nestas áreas que não deixa nada a desejar quando comparado aos países desenvolvidos (e isso ninguém fala dos milicos). Porém a área básica, principalmente a área de humanidades foi praticamente abandonada a sua própria sorte, no que resultou na sua ocupação maciça pela esquerda (que já fazia algum tempo vinha estrategicamente ocupando esse espaço, mas penso que mesmo o mais otimista revolucionário não esperava presente tão magnânimo quanto este dado pelos militares)- uma ocupação que estava planejada para durar talvez décadas foi realizada em menos de dez anos.
- Outro fato que se relaciona com o que foi dito acima foi a reforma do curso colegial, que suprimiu os antigos ciclos científico e clássico , e transformou para pior o magistério. A tentativa de enxugar o currículo e concentrá-lo, acabou por institucionalizar o vestibular como forma de acesso ao curso superior, deixando de lado qualquer outra forma de avaliação por mérito continuado, resultando no que vemos hoje- todo o curso colegial é feito visando o vestibular, colocando o que deveria ser um preparo para uma vida intelectual ativa num meio para atingir objetivos imediatistas e foda-se tudo o mais.
- E aprópria natureza estatista e controladora- a própria existência de um Ministério da Educação com tamanhos poderes e as famigeradas diretrizes básicas da educação já trazem um apelo totalitário. Deixam à iniciativa privada uma certa liberdade no aspecto econômico-financeiro, mas controlam quase que totalmente o aspecto curricular e bibliográfico, grande bosta de liberdade de ensino!
Por esses motivos, mais que suficientes, posso dizer que os planejadores do regime militar não realizaram o estupro, mas que fecharam a cortininha e levaram a vaselina, ah, isso fizeram! 

A velhinha ninja

Li recentemente a entrevista do reitor da universidade católica da minha cidade. Na entrevista, além do blá-blá-blá pedagógico de sempre, uma coisa me chamou a atenção, o dito reitor desceu a lenha no projeto educacional do período militar (no que eu também sou crítico, mas por motivos totalmente diversos dele, como citarei mais adiante), acusando-o de doutrinador e cerceador da liberdade de expressão, citando como exemplo de doutrinação as disciplinas de OSPB e Educação Moral e Cívica. Ora, como diria o canibal,vamos por partes. Primeiramente, sobre a tal doutrinação, pode até ter havido a intenção, mas foi tão mixuruca e amador o processo, que dá vontade de rir de tal afirmação. Vejamos, pois. Estudei em escola pública de 1976 a 1984, portanto totalmente dentro do período militar. Sendo a maior parte em municípios do interior de São Paulo e Paraná, onde , na época , tanto a população quanto os professores da rede pública apresentavam um perfil mais conservador. Quase sem exceção, quem ministrava as temidas disciplinas  doutrinadoras eram as professoras de história, geralmente senhoras de mais idade em vias de se aposentar. Resultado, se o objetivo era doutrinar dentro dos princípios dos militares, posso lhes dizer que o resultado era exatamente o contrário, pois em virtude do primarismo e crueza dos textos e da falta mesmo de malícia por parte das professoras, acabava por  ter efeito contrário. Nos aguçava mais a curiosidade para saber o que era marxismo, revolução sexual, sacanear os milicos e a religião.Nos assustava mais as ameaças de secar a mão  por castigo divino, devido ao excesso de masturbação, proferidas pelo vigoroso padre napolitano que dava as aulas de catecismo na casa paroquial (de certa feita espancara com um pau de balaustre três ladrões que tentaram roubar sua residência), do que aquela velhinha encurvada e asmática anunciando os perigos do comunismo e da modernidade. Mas o que mais me espantou nas colocações do ilustríssimo reitor foi a falta de um único pio quanto a atual situação educacional, em que ostentamos a imbatível última colocação em avaliações internacionais no que se refere a capacidade de compreensão, raciocínio e expressão. Situação essa gerada pela orientação deslavada do ensino para fins ideológicos, contando para isso com o domínio de toda a máquina estatal de ensino, dos sindicatos e de quase todas as entidades não-governamentais, inclusive as de orientação religiosa (como exemplifica o nosso caro reitor acima).Em resumo, uma organização e uma estratégia enormes voltadas não só para doutrinar as crianças e jovens nos ideais de esquerda, mas para obliterar, esconder, varrer mesmo qualquer outra forma de visão que não compartilhe dos cânones coletivistas. Ante tamanho titã, me dizer que perigosa era a velhinha com artrite dos meus anos de infância, me leva a conclusão que ela tivesse terríveis poderes ocultos. seria um alien entre nós ou uma perigosa ninja em seu disfarce? Não sei, mas que ela era mais suportável que barbudinhos de boina, isso era!          

Sunday, July 18, 2004

Olavismo

Basta citar o escritor Olavo de Carvalho para ser taxado de olavette, neodireita, fascista ou coisa pior e ter gente achincalhando e apurrinhando você em caixas de comentários, não raro com insultos, xingamentos e burrice pura e simples (daí eu dizer que não tenho a dita caixa por motivos higiênicos, pois debate democrático é para espaços públicos, o que defendo até a morte. Este blog é espaço privado, entra quem quer, lê quem quer. Não gostou, fale mal no seu próprio site ou blog, xingue minha mãe na frente da tela do seu computador ou o que valha. Não sou obrigado a aturar chiliques de quem não conheço). Mas voltando ao assunto, a maioria daqueles que são "acusados" de olavismo na internet, sequer são alunos ou assistiram a palestras do dito cujo, praticamente só conhecem suas idéias editadas no site e pelos seus livros e artigos na imprensa . A maioria tem em comum o fato de não se acomodar com as opiniões e chavões (dão quase na mesma) reinantes no meio cultural e sobretudo , na universidade e na mídia brasileira. O ponto de convergência entre jovens (e eu nem sou tão jovem assim) com idéias tão dispares (existem desde conservadores ultramontanos, liberais, libertários, ateus e até aqualoucos) e o escritor Olavo é o fato dele lhes ter aberto um leque de opções quanto a autores e idéias, que não poderiam encontrar em nenhum outro lugar. Acredito que muitos chegaram a conhecê-lo via Google, digitando palavras ou textos correntes que fugiam aos clichês disseminados, ou através de suas colunas, que destoavam da unanimidade reinante (tal qual ocorre com o Mainardi atualmente). Em suma , curiosidade e incapacidade de se conformar com a mediocridade. Daí que irrita ser taxado de uma coisa que passa ao largo da cabeça da maioria que é taxada de olavista , pois justamente buscamos a defesa da individualidade, do livre-pensar, do simples esculhambar. Criar chavões em cima dos outros (especialidade de uma esquerda burra de doer, que cá vegeta) para impingir algo que é justamente o contrário da realidade é canalhice, não tem outro nome. Para vocês todos que após lerem esse texto, continuam a vociferar "Olavette", "Olavette", só posso lhes repetir as palavras de um homem santo que viveu entre nós (santo Antônio Carlos da Mangueira) :"- Olavette é teu passadis, vão tomá no forévis."  

Animismo

Li recentemente num dos blogs dos Wunders ( o assunto não era sobre o que ora vou postar, versava sobre o tempo ou coisa e tal) uma frase que seria da autoria de (argh!) John Lennon :"  só acredito em duas coisas: Yoko e eu".
Isso me provou uma coisa: na jornada humana através dos séculos de  tudo já fora deificado, no caso, até merda.  

Bananão über Alles

Lendo recentemente algumas crônicas da política da República Velha, deparei com o ocorrido numa eleição no interior de Alagoas, na qual , em virtude das disputas do nosso cangaço político em região tão civilizada, crucificaram um cabo eleitoral (eis porque me ufano de meu país).
Método um tanto brutal, concordo, mas que seria de grande valia cada vez que algum apresentador de televisão ou jornalista abrisse a boca para dizer a frase:"Festa da democracia".  

Saturday, July 17, 2004

Miolos

Há mais de um século, Egas Muniz, neurocirurgião português fazia a primeira lobotomia. Avançamos deveras, Paulo Freire há três décadas aperfeiçoou o método (passou a ser indolor) e adotou a linha de montagem tipo Henry Ford. Ao final de cerca de 15 anos de ensino pelo método Freire legiões de lobotomizados saem das Universidades brasileiras.É um avanço.

Friday, July 16, 2004

Nova Dheli é aqui.

Nossa casta intelectual(ou sacerdotal de esquerda),tal qual naquele subcontinente asiático, também tem suas vacas sagradas- os marginais. Gente como Walter Sales, Paulo Lins, Leonardo Boff, Márcio Thomas Bastos, et caterva, se prostram consternados ante estes seres adorados. Só faltam passarem a mão no seu couro e se lambuzarem com seus excrementos em êxtase. Mas é melhor não dar a ideia, me veio a cabeça uma imagem do Arnaldo Jabor como sumo sacerdote do culto, paramentado e revirando os olhos enquanto berra o Mantra: "A culpa é dos americanos!A culpa é dos americanos!".

Thursday, July 15, 2004

Marcha Fúnebre

Ao som do "Passo do Elefantinho":
de monstruosidade em monstruosidade
assim caminha a humanidade.
Obs:Se algúem falar em Arnaldo Antunes leva porrada!

Ilustre e Lustro

Luíz Fernando Veríssimo, é um lustro só, a quantidade de óleo de Peroba que cobre sua cara demanda produção endógena e contínua, suas glândulas sebáceas o produzem a granel(algo similar somente é visto no ministro José Dirceu, mas esse foi treinado para tal, do LFV é espontâneo, chega a dar gosto de ver!) . Num encontro de escritores em Parati, no fim de semana passado, LFV declarou (comovido) ser difícil fazer humor na era Lula sem dar munição para a direita (qual?aonde?cuma?).É um legado à posteridade, não poderemos injetar genes para criar híbridos no agronegócio, mas já temos híbridos morais como o Sr. LFV prontos para serem clonados.That's the Brave New World e ói nóis na fita!

Posologia

Como havia dito no post retrasado, sobre apostolado, vou agora dar a "receita" para cada um dos grupos citados (exceto o grupo 1, que é a própria meta):
2)Para os carismáticos é necessário investir no aspecto intelectual, tentando elevá-lo. Portanto a exposição a bons livros e obras de arte podem ajudar.A experiência estética de uma celebração tradicional também tem seu impacto positivo, mas o principal seria a ação de argumentadores inteligentes e com paciência de Jó, pra fazerem um trabalho semelhante a uma APAE da fé. O método socrático tem bons resultados.
3)Para os Evangélicos-ídem, mas com a paciência de Jó multiplicada por dez e o uso de antiácidos para evitar úlceras.
4)Para os católicos "socialistas"- sobretudo o exemplo,mas também mostrar que a doutrina social da Igreja há mais de um século tem uma proposta de equitatividade mais avançada que todos os coletivismos homicidas pintados e repintados por aí.
5)Os protestantes,racionalistas e materialistas inteligentes, justamente por o serem, são sensíveis a argumentação lógica e bem elaborada. Alguns podem nunca ter tido contato com as obras dos verdadeiros pensadores cristãos.Também são sensíveis a experiências estéticas superiores e ao exemplo, pricipalmente quando próximo e consistente.
6)Pagãos, animistas- a catequese básica-Palavra, educação, exemplo e vara de marmelo.
7)Espíritas-Hard work...Sua doutrina é ridícula e cheia de contradições implícitas e explícitas, explorá-las podem levá-los tanto a conversão quanto a pancadaria.
8)New Age- desanimador.Precisariam de uma clínica de desintoxicação mental
9)Céticos, pós-modernos, hedonistas etc- já fizeram sua escolha. Livre-arbítrio e ponto.

Emir dos crentes

Emir Sader só pode escrever tanta besteira por raiva. Pela cara dele não faz sexo há séculos.Isso explica muito.

Wednesday, July 14, 2004

Apostolado

Óbvio que a conversão depende da Graça Divina, mas poderíamos examinar melhor estratégias que pudessem colocar aqueles que estão longe de Deus mais próximos do raio de ação da fé cristã. Primeiramente, dividiria os crédulos e incrédulos em geral em grupos escalonados conforme sua maior ou menor chance de se tornar acessível à Palavra e à Tradição, e em seguida esboçaria estratégias para tornar possível esse acesso.Pois bem, vejamos,
numa escala decrescente de acessibilidade, teríamos a seguinte escala:
1)Os católicos tradicionais, incluso aqueles que por obediência devida, seguem a orientação do Papa e dos bispos, mas sabem distinguir o que são artigos de Fé, por conseguinte: imutáveis, do que são opiniões e condutas da Igreja relacionados a temas mais terrenos, portanto passíveis de erros (são aqueles católicos que assistem frequentemente a missa dominical, confessam, comungam, mas quando um sacerdote começa a falar de reforma agrária e Fora FMI, ou outros leigos começam a tocar violão e cantar o Rap da freirinha, eles fecham os olhos e oram por eles pedindo: -Senhor,perdoai-lhes, eles não sabem o que fazem!). Também se incluem aqueles humildes, de pouca educação, mas que atendem a contemplação e a fé sincera.
2)católicos carismáticos e congêneres. Até que são boas pessoas, mas são burrinhos, burrinhos e irriquietos. Falta-lhes preparo intelectual, não no sentido técnico-científico,pois muitos são médicos, advogados, professores, etc.Mas têm uma certa preguiça mental para ler o que preste e um profundo déficit estético, não dão o valor devido a forma do rito.
3)católicos "socialistas"- ligados as pastorais e alguns a teologia da libertação (excluo deste grupo aqueles discípulos de Teillard de Chardin, que estão mais para Nova Era que para marxismo). Geralmente provém das classes baixas e média baixas, quando não dos estratos mais miseráveis da sociedade. São desviados justamente por aqueles que deveriam cuidar do rebanho.
4)Ateus, Racionalistas e positivistas dotados de senso estético e com certa agudeza intelectual(esses dois pressupostos excluem quase que toda intelectualidade esquerdista, salvo marxistas tradicionais e pouquíssimos trotskistas).Protestantes, geralmente tradicionais, nâo-evangélicos,com as características anteriores.
5)Evangélicos em geral-também são burrinhos, como os carismáticos, mas são mais cabeçudos e vulgares.São imediatistas e práticos.
6)adeptos de religiões monoteístas não-cristãs
7)Espíritas - têm uma dificuldade cognitiva "do outro mundo".
8)Pagãos em geral, animistas, tribais, etc.
9)adeptos da Nova Era- pior do que burrice, estes padecem da superficialidade intelectual, agravada por um estado confusional/apático, que distorce sua sensibilidade para quase tudo.São casos difíceis.
10)Céticos, hedonistas sem nenhuma outra perspectivas, niilistas - só diferem dos satanistas e daqueles que selaram pacto com o diabo por um detalhe : Os primeiramente citados fazem a coisa por gosto, os outros pelo menos negociaram a alma em troca de algo. Aqueles não, são free-lancers do Mal que trabalham de graça.

posteriormente continuarei com as estratégias p/ cada caso.

Homo mediocris

"Confundem a tolerância com a covardia, a discrição com o servilismo, a complacência com a indignidade, a simulação com o mérito.Consideram sensatos apenas os que subscrevem mansamente os erros consagrados e conciliadores apenas os que se negam a ter crenças próprias.A originalidade no pensar lhes dá arrepios.Comungam em todos os altares, condensando crenças incompatíveis e denominando ecletismo a suas máculas."
José Ingenieros.
Ué,não sabia que ele tinha conhecido a USP e a UNICAMP?

Salve Regina

No século IX, durante o ápice dos ataques e pilhagens dos vikings pela Europa, os cristãos da época estavam tão terrificados que acrescentaram apocrifamente ao final de suas orações a frase:"...e livrai-nos da fúria dos nórdicos. Amen!"
Toda noite encerro as minhas com :" ...e livrai-nos do cinema nacional. Amén!".

sangui bão

Cinema brasileiro- só vale a pena assistir se for sobre futebol (minto, pornochanchadas, Os Trapalhões década de 70 e O Assalto do Trem Pagador também são bons). Filmes como Boleiros, um outro sobre o goleiro Barbosa da Copa de 50, outro ainda sobre a infância do Pelé e todas as filmagens do canal 100, valem mais que toda a filmografia nacional das últimas três décadas elevada a quarta potência.
Estava a andar pelo shopping de minha cidade quando passei em frente das salas de exibição do cinema. Em uma delas estava em cartaz o novo filme sobre Pelé, com alguns gatos pingados comprando ingressos. Em outra, uma fila grande para verem o filme sobre o Cazuza. Fiquei inicialmente meio atônito, achando que não tinham me avisado que o esporte nacional tinha mudado do futebol para o BURACO.Mas não, é que o Edson Arantes Entende! do Nascimento é odiado pelos esquerdistas desta porca nação. Não bastasse ele ter sido o maior jogador de futebol que o mundo já viu (ahh inveja..)ele não encarna o negro dos sonhos de nossa Inteligentzia Esquerdista, aquele "neguinho qué nhônhô!", tão comun atualmente entre uma corja de negros incompetentes, reprimidos e pouco afeitos a pegar no pesado, que ficam pedindo cotas, marketing social e Estado Sinhozinho em toda a parte. Pois Pelé nunca precisou disso. Se destacou pelo esforço e pelo talento nato aperfeiçoado e desenvolvido através de muita disciplina, organização e empenho. Estudou, leu, se tornou empreendedor (crime lesa-pátria nessas paragens).Anátema, foi militar e católico praticante.Apesar de ter ajudado o Brasil a ganhar três copas do mundo, ficando mais famoso que o próprio país (que muita gente ainda acha ter por capital Buenos Aires, por língua o espanhol e ter gente de cocar andando pela rua, se bem que com o novo presidente...mas deixa isso pra lá), se tornou um cosmopolita. Demonstrou bem o seu caráter num ocorrido no início da década de setenta. Quando o Santos fazia uma excursão pelos EUA foi convidado para uma homenagem no Harlem por um grupo do movimento negro americano, logo após uma vitória sobre o Cosmos de NY. Aceitou comparecer a cerimônia com a condição de que todo o time do Santos fosse homenageado, com seus atletas brancos, mulatos e negros, pois ele estava lá numa excursão do time e todos eram responsáveis pelas vitórias.Não teve resposta, cancelaram a cerimônia(estão vendo- para não dizerem que não falo mal de americanos- ,lá também tem retardados). E além de tudo isso, Pelé proferiu uma conclusão definitiva para a questão da brasilidade do século vinte: "-Brasileiro não sabe votar." (O que deveria ser um óbvio ululante após as eleições de Jânio, Collor e Lula, mas que a maioria de nossos sociólogos ainda não atinou).
Daí que a turma do "tudo pelo social" elegeu novos ídolos para serem divulgados, inescapavelmente figuras medíocres como o burguesinho-branquelo-bichinha Cazuza, que por conta de todos os tipos de excessos contraiu AIDS e ao invés de enfrentar a morte com honradez e dignidade, descambou a dar shows de revolta descabida e impropérios verbais, tentando jogar em cima de outros - a sociedade, o capitalismo, Deus- a responsabilidade de seus atos. Nossa mediocracia (democracia da mediocridade, poderia ter escrito merdocracia, o que daria no mesmo, mas assim fica menos ofensivo- estou bonzinho hoje)mergulhou fundo no lodo, e ai de quem tentar subir num murudum que seja para dar uma espiadela no mundo fora da redoma embaçada pelos vapores mefítico do nosso pântano de idéias. Será puxado pela perna pela multidão de zumbis alucinados para o fundo da massa informe novamente. Aqui... nem desinfetando com Diabo Verde.

Tuesday, July 13, 2004

O Hippie da Guarda

A mistificação em cima do movimento hippie já se tornou uma espécie de frieira dos pés na mídia da Globo, não tem novela ou programa da emissora que não teça loas ao ridículo movimento surgido há três décadas (alíás isso parece uma maldição da zona sul carioca).Toda vez há algum estilista relançando a moda dos anos 60/70.O próprio Hans Donner é uma espécie de Messias da Renovação Psicodélica, pois suas aberturas eletrônicas são como rachaduras no Hades por onde escaparam os demônios do mau gosto. Haja pirobagem, coreografias ridículas, faixas na testa e rabos de cavalo. As trilhas sonoras então produzem o efeito da ingestão de meio litro de óleo de rícino.Os programas jornalísticos falam ad infinitum em assuntos batidos como medicina alternativa (otário também é gente!), cristais, ecologia,marofa,etc.Agora o cúmulo ocorreu nesta última novela : Celebridade, que foi a criação do "Hippie da Guarda". Tinha eu meus quatro anos de idade e minha vó me falava do anjinho da guarda, havia até um quadro muito popular de duas crianças que caminhavam numa tempestade em direção a uma ponte ruída e a figura de um anjo defronte delas impedindo que prosseguissem.Balela! Os novelistas da globo já resolveram esta questão teológica.Que querubins, serafins, o quê!? As hostes angelicais são formadas por hippies. Foram plasmadas em Woodstock. Na supracitada novela há um personagem que aparece na vida de Maria Clara para defendê-la das forças do mal, é o Hippie da Guarda, que não necessita de apetrechos arcaicos como espadas de fogo, raios que cegam ou fúria dos elementos, ele tem um violão, miçangas, roupinhas de algodão que até Johny Luxo se envergonharia de usar e as indefectíveis sandálias de couro. Com esse arsenal e uma interpretação que nos fez sentir saudades do cigano Igor, o hippie da guarda imbuído de sabedoria celestial tudo faz, de sanduíches natureba a parto normal em Maria Clara(numa paródia satânica do parto de Maria na gruta de Belém- só faltava a criança ter nascido com a cara da Jane Fonda queimando um sutiã).Haja saco, hippies não conseguem nem descascar uma laranja, quanto mais fazer um parto. Hippies fedem, só isso já inviabilizaria sua presença constante diante de qualquer ser que respire. Tremo de imaginar o que os autores gloabis farão quando resolverem adaptar "Marcelinho Pão e Vinho". Espero que a Onda gigante já tenha engolido o jardim Botânico do Rio.

Friday, July 09, 2004

Roguemos por menos educação!

O título deste post vem para complementar o anterior, vem mesmo como uma explicação do porquê estamos a depender de uma reação espontânea da sociedade, de não termos os meios organizacionais e institucionais que capitaneiem essa reação dita "natural". O motivo é básico: Educação, não a falta dela (que aliás é o que impediu que a vaca já fosse pro brejo há muito), mas a própria educação é o problema, sequer poderia ser chamada de educação, pois o que é proposto pelo Ministério da Lavagem Cerebral, leia-se MEC, é justamente a deseducação, em todos os seus níveis.Pois se consegue a proeza de anular aquele pouco de educação familiar com que o aluno chega na escola (tem um texto muito interessante do Olavo de Carvalho em que ele descreve ,como de costume, de uma maneira sintética, esclarecedora e divertida as etapas que levam uma criança relativamente inteligente como a brasileira a se tornar um zumbi retardado quando sai da universidade). Por isso, não precisamos da criação de mais vagas nas Universidades, pelo contrário, precisamos de diminuição. Não precisamos de cotas para negros, eles já sofreram demais com a escravidão, para que condená-los ao emburrecimento contínuo, que é o corolário do ensino universitário atual, tornemo-os empreendedores, aliás reforcemos esta tendencia, pois empreendedores eles já são, pois sem necessidade de esmolas e paternalismo politicamente correto, em um século, por conta própria e contra todas as dificuldades, os negros brasileiros avançaram em todas as áreas, se tornaram micro, pequenos e médios empresários, profissionais liberais e técnicos esforçados. Toda essa vitalidade para o livre comércio que descrevi no post anterior nas áreas menos favorecidas, tem como catalisador muitos empreendedores negros, e provavelmente, constituem a maior parte dos consumidores desse sistema. A noção de bom senso entre os negros também predomina na esfera familiar e da tradição. São entre as classes mais desfavorecidas que ainda conseguimos encontrar a solidadriedade familiar e entre vizinhos. Para a tristeza e o desespero de nossos sociólogos e antropólogos, cada vez mais os negros deixam as crenças primitivas e animistas da umbanda e do candomblé pelos templos evangélicos e igrejas católicas, não raro sendo os membros mais ativos das organizações paroquiais (nos terreiros de umbanda predominam brancos e estrangeiros alucinados, o que me faz cada vez mais concordar com a tese de Dinesh de Souza de que a única chance de sobrevivência da cultura ocidental judaico-cristã está nas mãos dos povos de cor). Sem falar da própria interação racial, que foi obra do próprio negro, que não se fechou em guetos como na América do Norte, se miscigenando(você não trepa de livre e espontânea vontade com quem você odeia, e isso é ponto, não se discute)e interagindo culturalmente com os outros elementos da sociedade (apesar de não gostar do gênero musical, sinto realmente respeito e orgulho de alguns rapazes que usam camisetas com os seguintes dizeres:"Sou pagodeiro,sou mulato, sou brasileiro",em uma atitude espontânea e corajosa, um verdadeiro contraponto as politicamente corretas camisetas "100% negro"). Por isso, precisamos de menos educação e intervenção estatais. Acabem com o MEC, incentivem o autodidatismo, a educação familiar e pelas igrejas, as atitudes fraternas e moralmente superiores de quem tem certo grau de saber e erudição para elevarem o nível das discussões em seus círculos de convívio e de trabalho, a montagem de bibliotecas com obras clássicas e que gerem interesse por ampliar o conhecimento (e longe de ONGs Politicamente Corretas, é claro!), a criação de think tanks e grupos de discussão se utilizando dos meios oferecidos pela multimídia. São atitudes que pouco dependem de grandes somas ou investimentos, e sim de disposição e coragem, pois a grande massa apesar de contaminada pelo lixo esquerdista, ainda tem esperanças, pois a contaminação, POR ENQUANTO! ainda é superficial, não tendo atingido o cerne da personalidade como no caso das elites (essa sem possibilidades terapêuticas). Portanto, ou agimos agora, ou saquemos o passaporte!

O direito de apedrejar

Infelizes somos nós por termos uma elite intelectual cuja prepotência é inversamente proporcional a seu caráter e a sua bagagem cultural e uma elite empresarial covarde e pulsilanime, que se satisfaz em meramente sobreviver, como se essa sobrevivência mesma fosse apenas uma concessão benevolente da primeira casta.Aqueles que aqui produzem são garfados em mais de 50% por um Estado-quadrilha paquidérmico e insaciável e ainda fazem afagos em seus algozes, patrocinam reformas milionárias e supérfluas na residência do chefe do bando (patrocinam coisa piores ainda, como "artes" de certos cineastas e dramaturgos, cujo principal objetivo é a supressão do empresariado mesmo como classe), dão sorrisos idiotas ao lado de políticos corruptos e caras-de-pau, contribuem com entidades que cada vez mais procuram criar entraves jurídicos e burocráticos a atividade produtiva. Alguns dizem ser tendência suicida, outros Síndrome de Estocolmo, para mim é a Ignorância Altiva do covarde que já selou seu destino e não tem sequer a honradez de morrer lutando. Eles querem continuar com sua pose afetada de dissimulação, mesmo quando o carrasco encostar o fio no seu pescoço.Se resta alguma esperança nesse país, é justamente nas classes menos favorecidas, baixas e média-baixas, pois estes brasileiros, já vem de longa data reagindo, diria mesmo que de maneira "natural" (como se as próprias leis que regem as relações de troca entre as pessoas engendrassem essa sutil, mas contínua reação).Nos morros, periferias, lugares afastados, até em ...assentamentos de sem-terras!Cada vez que o estado avança sobre a produção e os serviços, tributando criminosamente.Cada vez que a Legislação e a Burocracia criam mais dificuldades para vender facilidades. Cada vez que os contratos escritos perdem sua validade por decisões arbitrárias e irresponsáveis de um Judiciário corporativista e corrupto. Cada vez que os sócios do Estado na sangria da população (empresários do partido e cooptados, MST e congêneres, Waldomiros, bicheiros e traficantes em geral, etc.) garroteiam mais e mais os membros do corpo social para tirarem mais sangue.Cada vez que se acentuam todos esses atentados contra o povo, mais vemos aumentar a sonegação direta e indireta, a informalidade, os contratos verbais e de gaveta, os negócios familiares e de fundo de quintal, a fuga das licenças e fiscalizações, e essa é a reação!Será possível que ninguém enxerga!Quando o Estado procura retirar os meios de manutenção da sobrevivência da população, é lícito e é moral a rebelião, mesmo que violenta. O direito de revoltar-se contra a escravidão é um direito sagrado e consagrado, não importa sob que forma se apresente essa escravização.Portanto a desobediência civil é a única forma que temos de pressionar o Poder constituído, pois hoje o legislativo ,o judiciário, a mídia e as ONGs se constituem em correias de transmissão do Executivo, que por sua vez se confunde com o Partido e sua nova aristocracia, tornando qualquer alternativa legal ineficaz,senão inócua.Desobediência civil em massa, é nossa única chance contra o totalitarismo galopante.

Mansão dos Horrores

Não bastasse o descaso com a manutenção do antigo palácio da Indústria (ex-sede da prefeitura de São Paulo) que está caindo aos pedaços, as "obras" (meu finado avô paterno usava o verbo obrar com o significado de cagar- acho que tinha dons premonitórios) na praça em frente deixaram um ambiente de terra devastada, habitados durante a noite por hordas de sem-teto e viciados (nem Beira-Mar teria coragem de atravessá-la a noite).Em suma, se tornou um Palácio dos Horrores. Porém estará coerente com qualquer um dos três principais concorrentes do posto principal da cidade, tendo tudo para ser reativado como sede do governo caso vença vença o Vampiro, o Gênio Maligno das Arábias ou A Bruxa Malvada do Laquê!Já estou fazendo estoque de crucifixos, água benta e balas de prata.

Sugetão de Marketing

Para a Prefeita Martaxa criar um diferencial na disputa com Paulo Maluf pelo segundo lugar na eleição, sugiro usar como slogan o título de uma das crônicas do Stanislaw Ponte Preta:"Vaca Porém Honesta".

Dicas de pastoreio

Visando auxiliar na lida do grande rebanho muar que nos cerca e cresce sem cessar, eis um bom ditado antigo:
"Bronca é a arma do otário".Portanto, quando os semi-letrados te irritarem, seja sarcástico ou pregue um pontapé de uma vez.

Thursday, July 08, 2004

Celebridade- Continuação

O Personagem do Lábio Assunção (esqueci o nome)- Típico jornalista esquerdinha/alternativo, o malévolo Jefferson, que edita as medonhas revistas : Fluxus- sobre arte alternativa, Social Excluded- sobre gente sem dente e com bicho de pé,Ébano- sobre gente preta 100% negro afro-brasileira pró-cotas com dreadlocks e subsídios governamentais pró-melanina e Revolution- revista anti-americana e "contra tudo o que está aí" (com poster central do Che em poses sensuais em cada edição para o delírio da pirobagem esquerdista).Jefferson faz de tudo para assumir o controle de todos os meios de comunicação do país para o seu partido (já nasceu filiado), que por enquanto só conseguiu o controle das organizaçòes Globo, da Bandeirantes, das Redes Estaduais de Rádio e TV, da Folha de SP, do Jornal do brasil, do O Dia, dos provedores de internet IG, UOL, Terra e BOL, das revistas Veja, Isto É ,Época e das verbas cinematográficas e teatrais. Inconformado com tão pouca penetração na mídia de seus ideais igualitários, Jefferson sonha em transformar os meios de comunicação burguese-neoliberais em um sistema mais justo, como o democrático-popular que ele viu em Cuba (e quem não concordar será democraticamente espancado e colocado no xadrez).Antenado com a moda neohipie, Jefferson só usa rabo-de-cavalo, roupinhas tipo indianas e pantalonas. É vegetariano radical e já teve experiências homoeróticas em São Tomé das Letras. Pratica Yoga e Tai-chi e é adepto da fé Bahai, mas também acredita em cristais, duendes e na Mãe-Terra. É associado do Green Peace e do Viva-Rio.Não medirá esforços para prejudicar Mary, pois se havia se apaixonado pela moça e de certa feita convidou-a para um jantar, para tentar impressioná-la pediu uma dica para seu consultor bicha de moda, que era estilista, que o orientou a fazer uma surpresa para lady Mary durante o jantar.Mary foi ao jantar mais por conta de sua educação irlandesa do que por gosto, aturou o papo sem sal nem açúcar de Jefferson e a comida ainda mais sem sal nem açúcar (tratava-se de uma infinidade de matos e outros fitoplânctons indigeríveis)com aquela dignidade e senso de dever de um real fuzileiro, mas em dado momento Jefferson pediu licença para ir ao banheiro, e quando voltou trajava uma bata-saia paquistanesa e tamancos plataforma; aí Mary não resistiu, soltou uma gargalhada irlandesa mais sonora do que um pub inteiro de Dublin após um jogo de futebol. Teve que chamar um táxi e o motorista teve que ajudá-la a sair do apartamento de Jefferson, pois a crise de riso só foi cessar 2 horas depois. Jefferson jamais a perdoou, e não havia um só dia em que seus jornalistas sensacionalistas (o Luís Fernando Veríssimo, a Marilene Felinto e o Arnaldo Jabor)não tentavam denegrir ou embaraçar o trabalho de Lady Mary.
Fernando (o personagem do Parmera):Alonso, cineasta, tentando fugir do nefando cinema brasileiro (como diz o Alexandre Soares Silva- antigamente viciado em jegue, agora em traficante)vai a Hollywood, para aprender a sétima arte com os Irmãos Cohen, Tarantino e David Lynch.Quando assistia a filmagem do "The Passion" do Gibson, tem uma crise espiritual e se converte ao catolicismo sedevacantista. Seu sonho é retornar ao Brasil para filmar a vida de Anchieta numa perspectiva tradicionalista.Alonso é um típico old gentleman, só usa ternos italianos e ingleses, fuma cachimbo c/ tabaco da Virgínia, toca violino e usa bengala. Só anda de táxi, e quando se irrita só se dignifica a xingar em norueguês e russo. Alonso sofrerá uma perseguição implacável por parte de Jefferson, que odeia sua simples presença; mas o ódio aumentará quando Alonso tentar mudar a linha editorial das revistas comandadas por Jefferson (Alonso é casado com a filha do proprietário da rede de mídia).Na visão de Alonso, as revistas deveriam ser veículo de informação de fatos concretos e imparciais, oferecendo uma pluralidade de visão, para que o leitor tire daí suas opiniões, mas Jefferson quer que os meios de comunicação se tornem "agentes de transformação social", não importa em que merda se transforme. Mesmo na constatação da indigência intelectual do populacho, Alonso achava mais saudável então a publicação de revistas de fofocas, jornais populares com esguichos de sangue na capa, receitas culinárias,os cavaleiros do Zodíaco, sexo explicito, bestialidade, até samba e pagode, dizia ele, eram menos deletérios para a mente da nação do que as revistas de Jefferson.
CONTINUA

Celebridade

Terminou há cerca de duas semanas uma das últimas cachaças eletrônicas (misturada com o famoso colírio alucinógeno do José Simão)que sequencialmente são servidas ao povaréu pelo ministério da desinformação do PT,i.e., a Rede Globo. A tal novela "Celebridade" nos brindou com vagalhões de clichês politicamente corretos,sempre com o intento de inaugurar um novo padrão moral, de acordo com o modelito esquerdinha chique( ou à la prefeita biscate se preferirem).Dado a indigência mental da população como um todo, com acentuação do quadro no que tange a classe média, é bem provável que parte do seu conteúdo tenha sido assimilado por parte dos espectadores.De minha parte, assisti alguns episódios junto da minha mulher, quase sempre atormentando-a com comentários sarcásticos e tiração de sarro em cima dos estereótipos apresentados,e irremediavelmente ouvindo um:"-Vê se fica quieto que eu quero assistir!".Gostaria então de dar minha contribuição a teledramaturgia brasileira, prescrevendo uma mudança nos personagens e na trama para uma futura readaptação.Eis:
Maria Clara: se chamaria Mary O'Malley, descendente de irlandeses que fugindo da grande fome que atingiu a ilha no século retrasado, acabaram pegando um navio para a América, mas desgraçadamente era para a América do Sul.Enfrentando todos os preconceitos e barbarismos dos nativos a família chegava em sua quarta geração. Mary seria um produtora de eventos que tentava desesperadamente salvar o bom gosto nestas terras, lutando contra o Estado, ONGs indígenas e afro-batucadas, o Viva-Rio, Carlinhos Brown e a Cidade-Estado do Andaraí, que faziam de tudo para sabotar suas iniciativas de trazer atrações como os Meninos Cantores de Viena, a sinfônica de Munique, Ella Fitzgerald e outras que ameaçavam elevar perigosamente o nível intelectual da chusma.
Laura: se chamaria Marisádica (uma contração do seu nome de batismo Marilena da Conceição Tavares Sader, dado por seu pai , militante da corrente petista LiBeLu- Liberdade e Luta-em homenagem a seus ícones político-ideológicos).Tendo sido abandonada pelo pai, que saiu para uma importante reunião da coordenadoria pela implantação do movimento revolucionário no Bairro da luz Vermelha em Duque de Caxias e nunca mais voltou, Marisádica deu tudo de si (deu tudo mesmo, apesar de seus joelhos tortos e o pouco apego aos banhos- os joelhos tortos herdou do pai, já quanto aos banhos, o fato da mãe ser uma hiponga do C.A. da Unicamp já diz tudo)e conseguiu concluir sua graduação em sociologia pela UFRJ. Marisádica não queria desistir de sua grande missão nessa vida (além é claro,da destruição do imperialismo americano e da burguesia), que era se vingar de Mary O'Malley, a causadora do suicídio de sua mãe-Jandara Shiva (nome hippie).Tendo ocorrido há vinte anos anos atrás, quando Jandara entrou em discussão com Mary na Biblioteca Estudantil,Jandara coordenava uma paralisação discente contra a invasão de Granada pelos americanos e fazia um bloqueio da Biblioteca. Mary, que buscava por algumas referências para sua pesquisa autodidata sobre as influências do elemento hebreu em nossa literatura, tentou argumentar com Jandara a real necessidade daquele bloqueio.Após o palavrório de cerca de meia hora, recheado de palavras de ordem partidárias intercalados com filosofia pé-de-chinelo estilo New Age proferido por Jandara; Mary fuzilou:"- Mas qual a relação desta biblioteca com Granada, e em que objetivamente este bloqueio contribuiria para findar a invasão ou punir os americanos?".Jandara começou a ficar roxa, sua boca espumava e começou a sair uma fumaça esquisita de sua cabeleira à Gal Costa/1970,tinha um cheiro misto de incenso, cafunfa e marijuana (um aluno do IFCH quase tentou pega-la pelos pés para fumá-la mas foi detido por alguns seguranças). De repente, Jandara começou a ter convulsões, que alguns militantes do movimento negro interpretaram como manifestação de algum de seus ebós ancestrais e começaram a batucar e a invocar Iansã. Mas quando as convulsões cessaram a real causa foi verificada- em virtude da difícil questão proposta por Mary, Jandara sofrera um brainstorm e regurgitara a generosa porção de brotos de alfafa com queijo tofú que comera no restaurante vegetariano do IFCH, o que veio a lhe obstruir a glote. Jandara..Odara, foi-se; mas a pequena Marisádica a tudo observara em seu carrinho de bebê segurando sua mamadeira de leite de soja.Marisádica foi então para Paris, onde fez seu mestrado, com o mesmo orientador de Pol-Pot. Disposta a tudo para acabar com Mary, Marisádica volta ao Brasil e se infiltra na empresa de Mary, mas antes Marisádica passa por uma transformação para não chamar a atenção de ninguém que possa desmascará-la. Ela estuda alguns versos em grego e latim para impressionar Lady Mary, corta o cabelo e raspa as axilas e mesmo sendo contra os seus princípios  passa a tomar banho diariamente; e, para o cumulo do fingimento, salva Lady Mary quando esta é cercada por um grupo de teatro alternativo no calçadão de Copacabana, lançando um volume do Tractatus de Wittgenstein sobre a cabeça de um dos performáticos (obviamente tudo havia sido planejado com antecedência, pois Marisádica havia comprado os serviços da trupe por 100 g de erva)
CONTINUA

Wednesday, July 07, 2004

"O Amanhã a nós pertence" *

Dois congressistas americanos quase foram linchados por "estudantes" e "trabalhadores" (adoro estas aspas tão ao gosto do jornalismo de esquerda)da UFRJ, quando se dirigiam para um debate no departamento de história daquela Universidade.É...,the time is coming...Fascismo é isso!Hordas semi-analfabetas atiçadas por agitadores profissionais sob o beneplácito do Estado e o acobertamento da mídia, ambos se confundindo c/ o Partido Príncipe e buscando bodes expiatórios para o sacrifício. Quem já frequentou centros acadêmicos ou sindicatos de universidades públicas brasileiras sabe do que estou falando. Só dá gente esperando um Führer, ou um comissário para levantar os bracinhos em saudação. Lá,fogem do bom senso e do exame de consciência como o diabo foge da cruz.Querem que os guiem, nem que seja para o despenhadeiro.Dizem que o maior rebanho asinino do mundo está no México,mas se passarmos a computar os quadrúpedes do corpo discente e docente das nossas universidades, deixaremos os miguelitos comendo poeira.Tenhamos fé em mais essa gloriosa conquista para os números de nossa economia!
* Tema do hino da juventude hitlerista

Adendo

Há alguns dias atrás li num blog(não lembro qual): " A maior prova de que a música dos Paralamas não presta é o fato do Herbert Viana ter perdido um terço do cérebro e eles continuarem a fazer as músicas do mesmo jeito".
Alguém aí lembrou de "Luís Inácio e os trezentos picaretas"?

Vamo batê lata!

Vamo batê lata ? Resposta: No Sire, absolutely. percution is primitive. It´s not good for gentlemen.
Educadores do Bananão acham que educação e cultura é ficar reciclando lata e garrafa pet, para tudo virar tambor, e colocar a gurizada para batucar e rebolar o traseiro.Isso imbeciliza, ganhariam mais se ficassem com os senhores feudais dos morros aprendendo a contabilidade dos negócios do pó.Bater lata só foi interessante a alguns anos atrás, e só no litoral paulista, com a finalidade de abrir algumas oferendas de traficantes 'a Iemanjá.

Novos mosteiros

Ladeira abaixo vai o que sobrou de cultura nesse país (já não era muito).Na realidade, a coisa já está preta, quem quer procurar o supérfluo bem supracitado já não pode recorrer 'a bibliotecas públicas, muito menos 'a Universidades, tem que contar com os sebos e a internet (enquanto permitirem esta, pois já está incomodando alguns). Pelo jeito só restarão os sebos, serão como aqueles mosteiros do começo da idade média, onde ficarão guardados alguns tesouros inacessíveis 'a compreensão dos novos bárbaros, que estarão presos a seus clichês, modismos e palavras de ordem, tal qual os de outrora estavam aos seus grunhidos guturais.

Hotdogs or balls

Aqui na taba, neguinho tira sarro de japonês que bate recorde de ingestão de cachorro-quente, e invariavelmente de americano que faça qualquer coisa. Mesmo sendo ridículo se empanturrar do que quer que seja (hotdogs, blueberries,besouros gigantes,etc.), ainda resta o fato de que são ações concretas, objetivas.Ninguem tira sarro da disputa, entre nossos jornalistas, cartunistas e humoristas;para ver quem abocanha a maior porção do saco escrotal do nosso Grande Líder. Logo,logo vai ter apresentador exaltando a jeba do Leprechaun mór.

Rorshach

Quadrinho excelente do início dos anos 90, Watchmen, parecia prever o fascismo politicamente correto que se instala de maneira lenta e dolorosa mundo afora.Desde os cenários de uma NY suja e habitada por gangues de retardados com cortes de cabelo parecendo Carradines chineses ao bom-mocismo PC de Adrian Veidt, que aliás é o protótipo do esquerdista politicamente correto- rico,direitinho, marombado, meio pirobo, percebia-se sua vontade de moldar o mundo a sua imagem e semelhança ,custe o que custar (nem que o custo fosse um genocídio como se viu).Fascista por fascista preferia o mercenário,que ao menos dava o preço pelo serviço.No fim a individualidade só era defendida por Rorshach, que dentro da sua loucura ainda mantinha um mínimo de consciência sobre o falso e o verdadeiro.Moral da história: acabou desintegrado!

Tuesday, July 06, 2004

Decifrando o Código

Muito tem se falado a respeito do livro "O Código daVinci", de um lado teóricos da conspiração enxergando a grande ameaça aos valores cristãos, de outro lado, não menos paranóicos, quem anda levando o livro de ficção a sério, achando que há séculos a Igreja Católica vem escondendo a "verdade" de todos seus fiéis.As vezes parece que estamos vivendo num conto fantástico de Lovecraft ou numa pintura de Dali, será o benedito, será que as pessoas perderam de vez a noção da realidade.É apenas um livro DE FICÇÃO, com uma trama bem escrita que prende o leitor do começo ao fim, mas é só isso!O próprio autor não coloca seu trabalho como científico, nem teria embasamento para tal. Se algum leitor levar a narrativa a sério, não se trata de um caso Teológico ou Metafísico, mas de um caso psiquiátrico, digno de internação.

O Raiar de uma década.

Saudosos anos 80,das músicas de tonalidades não raro deprimentes, até aquelas bobinhas mesmo,de uma inocência que parece ter perecido no meio do caminho.Época da seleção de 82,puro balé em campo, da Bola Zico,das ótimas HQs,do kichute,dos penteados ridículos, em suma, de minha infância avançada e da minha adolescência.Mas era previsível que seria uma ótima década, pois já começou com bons augúrios para os que sabem ler os sinais do destino. No primeiro ano da década, Mark Chapman estourava o coquinho de John Lennon, o santo padroeiro dos imbecis e ridículos de todas as décadas posteriores. Se tivesse controlado os nervos e dado uns tecos na japa Yoko, então teríamos uma nova Idade das Luzes!

Baixando a Terra

Após um exílio voluntário,fugindo do contato com meus conterrâneos (bendito o seja!), mandando até a família às favas, reinicio minha vida social pelas névoas virtuais (distanciamento é higiênico, por esse motivo não terei caixa de comentários).
Começo hoje meus posts por onde se deve começar qualquer germinação, i.e., pelo esterco. Falarei de política!
Sim, bruta bestia, na minha terra neguinho caiu de quatro, virou vaca no atoleiro, não sai mais!Presidente incansável, não para de nos envergonhar perante os séculos, e nem precisa fazer força. Agora viramos todos vietcongs defendendo a pátria amada do terrível gigante do norte, como se estivessem ligando para o bundalelê, já tem dor de cabeça demais em outras paragens.
 A língua do nosso mandatário não se contém, deve ter vida própria ou ser um aliem incubado (tal qual no Oitavo Passageiro, mas não brotou no bucho, simplesmente subiu à telha e suas contrações produzem glossolalia verborrágica).Enquanto isso todos subimos aos céus: a quadrilha e os puxa-sacos pela imaginação (já elucubram seu Reich de mil anos), os idiotas úteis pela sua própria idiotia (já dizia minha avó que Deus protege as crianças, os bêbados e os retardados), os indignados (aí me incluo)pelo saco que cresce imensuravelmente a cada ato e palavra da aristocracia vermelha e já atinge os píncaros, e por fim, o povaréu desdentado, o lumpem, que acha o caminho dos céus da maneira tradicional, por fome, tiro ou verminose, às vezes com direito a escalas em serviços públicos de saúde, paus-de-arara de delegacia e outros mimos providenciados pelo nosso pudê público. Mas relaxem, não vão faltar Sebastiões Salgados nem Walters Salles ou Paulos Lins para chegarem aos céus da fama fácil com tal adubo farto e barato!