Grobo repórti

Assim mesmo, com o nome todo erradinho, que bonitinho, para nossa elite intelectual aproveitar mais o programa. SE EU FOSSE O DIRETOR DAQUELA JOSTRA, colocaria todas as frases na língua do nosso mandatário, o analfabetês. É isso aí, agora temos uma inovação nesse Brasilzão de meu Deus, é o capiau alternativo. Gente que não sabe conjugar verbo e somar 2 mais 2 mostrando o caminho do desenvolvimento e da iluminação. É emocionante ver o Sr Patativa de Carambicózinho curando malária e febre do Nilo com corós de pau santo, ou o pajé dos Nhanha'uórup retirando tumores da fossa cerebelar posterior usando cuspe e espinho de ouriço através do ouvido do curumin (já previamente anestesiado por uma baforada de algum cipó alucinógeno queimado). Ou a revolução agrícola de algum assentamento de sem-terras, que maximizaram o reaproveitamento da biomassa passando a evacuar entre as linhas do plantio, sendo seguidos pelo bispo Casaldágia, que auxiliava a incorporação da matéria ao solo pisoteando a plastra com suas sandálias abençoadas, enquanto aspergia água-benta sobre a contribuição dos excluídos para o desenvolvimento do Brasil. E assim vai, os bravos repórteres mostrando as belezas desta terra cheia de poeira ,mosquito e saúva, sob um calor inclemente. Até me emociono, tenho vontade de dar um caldo de cana para essa gente.

PS- temos até uma atração ecológica com nome de filme de sacanagem- Pantanal- devíamos investir mais na divulgação da pedofilia. Turismo sexual é o nosso futuro.

O inferno na terra

Se o amigo procurar o lugar da terra mais parecido com o Hades vai encontrá-lo mais próximo do que imagina. Esqueça Faluja, Bagdad, Cabul ou Pyongyang, o lugar que mais exala os vapores do chifrudo no momento é Curitiba. Se voce estiver pensando em ir para lá nos próximos dias, esqueça!Salvo algum componente masoquista da sua personalidade, seria até desumano enumerar as terríveis torturas que o esperam. Pois é lá que está acontecendo o festival internacional de tchiatro! As ruas coalhadas de gente querendo parecer alternativa, de gente querendo fazer performance, de gente querendo "educar" o povo no tchiatro. Um rebimbar de gritos histéricos pelas ruas (gente de tchiatro tem que botar os bofes para fora em cada encenação - tem que ser "visceral"- vixi!! Vai ver que é por causa das visceras que vez por outra essa gente mostra para a platéia o olho que não enxerga). mas cá com meus botões Curitiba merece. Um povinho bunda que elege Requião como Governador, que tem "orgulho de ser paranaense", que tem uma universidade federal que tem um comitê de classificação racial e que tem outdoors que estimulam o desarmamento e e a doação de esmolas, tem mais é que ir pros quintos dos infernos- tomara que o festival de tchiatro continue pelos 365 dias do ano. Queimem habitantes da capital ecológica (tal título já diz tudo).

Higiene, please.

Hoje em dia tem muita gente querendo fazer teatro na rua. Na rua? Isso não! Na frente de todo mundo? Quê que é isso?Peraí gente, o brasileiro é um sujeito muito compreensivo, se você não estiver mais aguentando, se sua vontade de fazer teatro já estiver quase saindo, lá na portinha, não esquenta, entre em qualquer boteco, neguinho te empresta um banheiro. Na pior das hipóteses procure um matinho ou um tapume de construção civil, lá você poderá fazer seu teatro sossegado, quem sabe até folheando a Caros Amigos. Só não esquece que depois de terminar o seu teatro, é bom jogar uma areinha por cima.

Oh tempo! Oh mores!

Me chamam de fascista,de nazista, de inquisitor. Hoje em dia é crime lesa-pátria ter bom humor. O chato ocidental, além de chato, quer colinho. Ele quer ser mimado, acariciado, e quer que todo mundo veja seu teatrinho achando lindo:- Olha só o Armandinho, olha como está bravinho, vejam batendo os pezinhos no chão!Chatos de outras épocas até se orgulhavam de ser espinafrados, mas o politicamente correto ( oh, desculpem-me , esse é um dos ghost names dos chatos) querem ser levados a sério, e quando você (após umas doses de Black Label) coloca seu sobretudo verbal sobre a roupa que Adão usou no Paraíso e aparece repentinamente diante de um grupo de PCs (que invariavelmente estarão discutindo um assunto desinteressante como cotas, aborto ou multiculturalismo), abre o seu sobretudo e balança seu argumento lógico para eles, você só ouve gritinhos e desmaios, e alguém chamando o delegado. Gentinha!

O.de C. again

A lebre levantada pelo Alexandre Soares Silva (de forma absolutamente apropriada e deliciosamente hilária) quanto às idéias de Olavo de Carvalho, principalmente a respeito do Foro de São Paulo, também me afligem há muito. Mas de um modo um tanto prático tenho para mim que, se eu apoio O. de C., mesmo que seja em alguma ideia estapafúrdia, deixo uma miríade de esquerdistas e congêneres irritados, angustiados, insanos para despejarem sua indignação em alguma caixa de comentários, que passam a funcionar como um pinico após a ingestão de uma maionese estragada. Isso já configura um bom motivo para apoiá-lo e um bom argumento para convencer a outros que o apoiem. Irritar gentinha faz bem para a pele, abre os poros, é uma espécie de sauna do espírito, nos torna mais leves. Experimente.

Head hunters na APAE

A revista Veja deve estar mandando seus olheiros procurarem "talentos" na APAE, pois só isso justificaria a presença da tal senhorita Boscov (aportuguesei para Bocóv devido ao aporte intelectual da garota) como crítica de cinema daquela revista. Seus comentários a respeito do abominável "Alexander" do mais abominável ainda Oliver Stone são pérolas de humor involuntário de fazer inveja a qualquer Luciana Gimenez. Primeiro, comparar o irrascível macedônio ao "liberal boy" Bill Pinton é para fazer ressuscitar o Sobrenatural de Almeida, de onde ela tirou essa analogia só Deus sabe (ahh, esses mistérios da mente feminina). Pois vejamos:
-Alexandre era bi, Clinton não podia ver uma estagiária que já ia mandando ver no charuto.
- Na carga de cavalaria de Gaugamela ou no Órox-Jacartes Alexandre não raro assumia a dianteira como também se expunha ao inimigo de um modo até negligente. O garotão Bill, além de chorão, não enfrentou nenhuma crise de verdade em seus mandatos, caso tivesse de fazê-lo sairia chorando para baixo da saia de mamma Hillary.
- Alexandre conquistou dois terços do mundo conhecido não para colher um multiculturalismo rastaquera e levá-lo para a Grécia, mas para pilhar e estabelecer um império mundial em que a base cultural seria a cultura helênica.Digamos que Pinton tivesse peito para estabelecer um império mundial, sua primeira atitude seria passar a administração do mesmo para a corrupta e inútil ONU(coisa que Alexandre jamais sonharia, pois deixava no comando somente seus generais macedônios mais fiéis), além do que os democratas americanos são os primeiros e mais ardentes promotores do mote "todas as culturas são iguais", alçando como realizações similares a construção do Partenon e fazer cocô na rua cerimonialmente. Também ninguém odeia mais a própria cultura do que um americano liberal (que quer dizer esquerdista).
Deixo para espinafrar mais o filme nos próximos posts.

Madrecita, vencimos!

O Jabor deve estar tendo orgasmos até agora, afinal depois de tantas tentativas, finalmente levamos o caneco, quer dizer,não bem um caneco, mas aquela estátua dum homem careca pelado com nome de tiozão de calçada. Eu sei, eu sei, que o Oscar foi para melhor canção, que a produção é euro-americana e que o filme e a musica foram feitos em espanhol, mas nada demais que a esquizofrenia pátria não possa comportar. Afinal, existe algo mais esquizofrênico do que falar mal e associar o cinema americano com a própria filmadora de Satã e desejar ardentemente a cada ano com espírito de copa do mundo levar a premiação da Academia de Hollywood.