Tuesday, September 12, 2006

Os cenários

No estudo da estratégia é essencial criarmos alguns cenários, utilizando para isso matéria atual (o estado da situação nesse momento) e a partir destes dados extrapolar situações, usando para isso analogias históricas, correlações lógicas e um pouco de psicologia do poder. Tais situações possuem um grau menor ou maior de probabilidae, mas isto é altamente mutável com o transcorrer dos fatos na realidade. Longe de se tratar de uma brincadeira, ou exercício de pseudoprofecias, o estudo de cenários em geopolítica serve para ao menos estarmos preparados para reviravoltas ditas "imprevisíveis", mas que na realidade deveriam se chamar "não detectadas em seu devido tempo".
Os cenários do Oriete Médio:
1) Um governo israelense enfraquecido e uma política americana hesitante:O Irã e a Síria em conjunto manejam o Hezzbolah e o Hamas para provocarem um novo conflito com Israel, que age de forma amadora como agora gerando um conflito de desgaste para Israel, até o momento em que seus oponentes vislumbram a possibilidade de varrer a nação judaica do mapa.Caso apareça de repente uma liderança militar capaz de reverter a situação como no Yon-Kippur em 1973, mesmo que as custas de grandes perdas, seria possível uma nova reestruturação de poder naquela área, com a derrocada da ditadura síria e uma real independência do Líbano, funcionando como um bastião pró-ocidental, assim como uma dura derrota para o clero xiita iraniano, que finalmente poderia ser abalado por forças modernizadoras.A Palestina destruída sofreria uma intervenção israelense definitiva, que envolveria imensas perdas para os árabes, mas a possibilidade de, com o extermínio das facções radicais islâmicas, uma reconstrução baseada num ideário islâmico moderado e mais secular.Seria algo como uma resistência churchiliana, mas não vejo nenhum Churchill israelense, o que levaria ao cenário..
2) O conflito pende para o lado dos árabes, e Israel apela para a "solução Sansão": usa seu arsenal nuclear, primeiro numa escala militar, mas na iminência da derrota lança petardos contra Teerã e Damasco, que podem retaliar com armas químicas e biológicas.Os mortos se contam às centenas de milhares do lado israelense e ao milhões do lado islâmico.Os EUA são obrigados a intervir, e toda a região explode em convulsões político-religiosas.Os estados autoritários aliados dos EUA são forçados a endurecer ainda mais seus regimes e a jihad ganha força, atentados contra ocidentais se multiplicam numa escala insana e as retalhações levam a uma espiral de violência. Como a América perdeu sua "virilidade" (resultado de uma possível eleição de um democrata para a presidência) a condução do processo caberá a ONU desmoralizada e a União Européia capitaneada pela venal França.Um pequeno passo (para trás) para a humanidade e um grande passo rumo ao Governo Mundial.Petróleo + finanças+ controle da mídia, o apogeu do "anticristo", a polícia do pensamento.Em suma, um mundo nojento, com o andar de cima firmemente assentado no seu trono "divinizado", uma sórdida associação de multibilionários financistas, burocratas internacionais e gângsteres controlando todas as nações via pressões econômicas e midiáticas, o início de uma nova "religião" civil estupefaciente para dopar o andar intermediário, enquanto o andar de baixo é entregue aos seus mais baixos instintos, ao crime organizado, à cultura despedaçada em lixo reciclável.Parafraseando o Coronel Kurt de "Coração das trevas"de Conrad: "O Horror,...o Horror."

Ausência

A bosta do Blogger deu pau, se estivesse com tempo, dinheiro ou paciência sobrando mudava para outra hospedagem.Má vá bene.