Wednesday, February 20, 2013
Sunday, January 20, 2013
Balzacas
Meu problema com familiares de pacientes
Em geral tenho uma paciência budista com familiares, mesmo
os mais chatos, estilo “véio nerrrrvoso” ou D.Raimunda, que fala com a boca mas
pensa com a bunda.Quando a paciência vai claudicando apelo para os resquícios
de cristianismo (“Aguentai a Cruz irmããõ...”) e comunismo (“quando a revolução
vier a gente fuzila”) e quando o saco está prestes a estourar penso nas custas
advocatícias e no quanto rábulas me incomodam mais que aquilo... e Mr Hyde conta
até 10.
Mas há um espécime que faz transbordar meu fel acumulado, a familiar
balzaquiana (no caso geralmente contemporânea do nobre Honoré)que procura ressuscitar
o tecido mumificado para parecer bonita e que a cada dia que sai de casa só contribui para a infelicidade dos
seus concidadãos. Não muito altas, como é apanágio dos hidrófobos,
gordinhas (ou mesmo gordonas), o que até é bonito, exceto quando é apertado em
roupas 4 números abaixo e soutiens que mais parecem garrotes de tortura
medieval, fazendo as banhas transbordar e andar o dia todo penduradas,
agitando-se levemente com cada passo.
O cabelo é quase
invariavelmente armado como se estivesse penteado com cola Araldite ou se
tivesse enfiado a faca de manteiga numa tomada próxima.Imagine uma mistura de
Gal Costa com Walking Dead, isso quando a cabeleira não é louríssima, tipo farol
na noite escura. Ou pior,vermelha, da cor daqueles etíopes com Kwashiorkor.
As roupas, além de
apertadas com pressão suficiente para converter um naco de carvão em diamante,
suplantam a entrada da Beija-flor na passarela ou o nascimento (estréia) de uma
bicha Botas de cano alto de causar inveja aos Hussardos de Napoleão e saltos
com altura suficiente para um anão saltar para o suicídio.
E depois, claro, a
maquilagem. O que dizer? Toneladas de sombra,
aparentando o Boy George (hoje) colhido por um tornado e com uma quantidade de...como
é que chama aquela porra rosada que passa no rosto?..bom , passa tanto aquela
merda que fica parecendo a cara de bebum que volta para casa usando a fuça de
apoio na parede. O batom normalmente extravasa grosseiramente os lábios,
as sobrancelhas são totalmente arrancadas e substituídas por linhas
pintadas com a sutileza de um estivador, isso quando não parecem uma monocelha
que sobreviveu a um atentado à bomba.Uma obra de um Pollock epiléptico numa
tela reciclada.
Ah sim, para completar a
obra de arte, penduricalhos reluzentes o suficiente para serem vistos da lua e
numa quantidade que se fundidos e moldados gerariam um machado vicking.E,cereja
do bolo:os óculos (de grau) escuros enormes a la Don Corleone
Eis a obra completa, só
falta o escultor falar:”Parla” Só que aí que mora o problema, a criatura
fala,ou melhor, guincha e expele em cima do pobre interlocutor toda a ira de
Mum-Rá, como se esse escriba fosse responsável pela crueldade da genética ou
pelo estranho senso de humor do Criador.Suas perguntas não são perguntas,são
inquirições num tom que nem o traficante usa com o nóia devedor e não buscam
respostas concretas, buscam gerar confusão, constranger, intimidar. Aí não há
estabilizador de humor em superdosagem que dê jeito, é mister que se rode a
soteropolitana e acabe recebendo a visita dos companheiros de armas do uniforme
cinza-azulado.
Mas como diria Van
Helsing,após mais uma estacada no coração da besta(não sei se ele disse isso,
mas bem que poderia):”Criatura, sai desse mundo que não te pertence!”
Dicas
Depois de matutar um pouco, cheguei a conclusão de que o problema da violência no Brasil se deve mesmo a falta de informação, sim, a falta de informação dos bandidos. Temos o dever de informá-los sobre um grupo social que é extremamente rico, cada dia se locupletando mais e mais do meu e do seu dinheiro, e sempre vivendo na maior segurança, enquanto eu e você nos sentimos fantasiados de Mickey Mouse numa rua de Faluja toda vez que saímos de casa. Então aqui vai um programa de orientação ao meliante, que muito pode contribuir para o combate a violência (sobretudo a violência estética e cultural acadêmica):
Meu caro meliante, você que se arrisca frequentemente pelas ruas escuras de nossas cidades, você está perdendo uma grande oportunidade que poderá mudar sua vida. Pare de dar mole para o azar. Que estória é essa de ficar sequestrando no sinal pés-rapados como eu , que sempre fecham o mês no vermelho e vivem fugindo do fisco. Ou então assaltando pequenos negociantes (padarias, casas lotéricas, lojas coreanas de 1,99, etc.) se arriscando a ter seus rostos gravados por câmeras internas e serem reconhecidos pela polícia , que pode alcançá-los e achacá-los para tirarem um troco. Pois vou lhe apresentar um grande negócio meu amigo fora-da-lei. Não, esqueça os grandes banqueiros e empresários, estes têm exércitos particulares de seguranças bem pagos e você pode se estrepar tentando roubá-los. Não, também é furada sequestrar políticos ou coronéis, eles também são do mesmo ramo que vocês, só que com melhores contatos , quando é para servi-los até a polícia passa a funcionar.
Pois então, querido barbarizador, qual seria a saída. Pois eu lhes digo, existe no Brasil uma classe social cheia da grana e conseguir uma parte deste espólio será barbada.
Quem são? Vou lhe dar uma dica: Sempre que você ver alguém bem de vida, bem nutrido, com roupinhas da moda, ou , roupinhas alternativas (querendo fazer parecer uma pobreza com grife), que frequenta locais e mídias chiques, e invariávelmente fica esperneando contra as Elites( eles se auto-indulgenciam-se e se auto-excluem da elite).
Esses playboizinhos e suas consortes são geralmente filhinhos-de-papai que depois de mamar nas tetas dos progenitores até uma idade avançada acham uma teta mais suculenta - a do Estado- então estas adoráveis criaturas, descoladas e prafentex, passam a receber subsídios estatais ou privados resultantes de renúncias fiscais. Sempre exaltam vocês, caros marginais, sempre os incitam contra os pequenos empresários e demais trablhadores, sempre procuram se safar para esconder a grana que têm. Quem são eles? São os Esquerdinhas-caviar: diretores e produtores de cinema e televisão, atores e apresentadores do show-bussines, escritores, jornalistas, professores e estudantes universitários, gente da propaganda e marketing, presidentes e gerenciadores de ONGs. Todos nadando no dinheiro, com poucas precauções quanto a segurança, pois consideram vocês, amigos meliantes, seus aliados. Se eu fosse você meu caro, não perderia tempo, começaria já!
Wednesday, September 19, 2012
Arrebentando com o cara que falou que a besta era "O Cara"
"Esse é o cara", falou o pior presidente americano da história (SIM, ele conseguiu a proeza de ser pior do que "Peanut" Carter) para o mais corrupto, ignorante e falastrão presidente da história brasileira.É mais ou menos como uma mosca varejeira lamber o ventre de uma congênere que acabou de sair de seu repasto na latrina.E tome semelhança; o mesmo séquito de lambe-cus dispostos a tudo, até a negar o ontologicamente inegável para sustentar a imagem hagiográfica dos estupores, a mesma imprensa embasbacada capaz de cobrir de glória qualquer flato disparado pela dupla e ao mesmo tempo cair em cima com fulgor assassino do primeiro incauto que ousar inquiri-los sobre os disparates que falam,fazem e sentam em cima.
Mas eis que agora aqueles pequenos espíritos de porco que entrelaçam as teias do destino passaram a brincar de dar nó nos projetos futuros de Batman e Robin.O cachaceiro está a curtir seu inferno astral: seus melhores amigos próximos de compartilhar juntos o calor humano de uma cela de presídio federal, dois laranjas sacrificados pelos petistas, inconformados com a traição, a um passo de botarem a boca no trombone e vomitar escândalos como se fossem uma cornucópia universal da corrupção; os candidatos escolhidos a dedaço de coronel pelo infame vão amargando índices ridículos na eleição já antes dos escândalos rebentarem como cogumelos após a chuva.E tudo isso na vigência de um caso raro na medicina , a de um cancro que acomete outro.A moderna medicina parece ter erradicado o primeiro, vamos ver se a imprensa e o judiciário livres erradicam o segundo.
Já o gajo norteño amarga uma das piores crises de crescimento que os EUA já enfrentaram, o desemprego continua alto, boa parte da população mergulhou na pobreza e o déficit público americano atingiu uma soma que antes só era conhecida pela ciência astronômica. O orgulho do país que tinha dado uma melhorada com o pipoco do terrorista Bin Laden voltou a ficar rés ao chão graças à "habilidade" estratégica de "God" (Obama está para esquerda americana como Tomas Bastos para a categoria dos rábulas no país do cangaço).Exacerbando uma longa tradição ianque de esfaquear pelas costas seus aliados, "God" enfiou o pé na jaca, retirando aliados fiéis do poder da África do Norte para entregar de bandeja a região para o salafismo, aquela pacata tendência religiosa que se regozija em estuprar em massa repórteres ocidentais, degolar opositores e enforcar homossexuais em praça pública. O homem que tinha garantida sua reeleição por ter seguido à risca a receita populista do "Cara": encheu a assistência social com milhares de programas de bolsas, vales, cotas, etc. ; inchou a máquina pública como nem Roosevelt tinha feito após acrise de 29 e liberou mais de U$$ 1 trilhão para socorrer os banqueiros e especuladores de Wall Street, passou a ter que correr atrás do insosso Romney.
Deixo aqui uma interesante análise de Karl Rove, o brilhante consultor político que conseguiu montar as campanhas que elegeram e reelegeram a "ostra" George W. Bush.
Como derrotar Obama
Ao contrário do que indica o senso comum, a política externa americana - marcada pela ingenuidade e fraqueza nas relações internacionais - não é o ponto forte do candidato democrata
Numa eleição americana em que o foco é a economia deplorável e a alta
taxa de desemprego, o que se acredita hoje, de modo geral, é que a
política externa seria um dos poucos pontos fortes de Barack Obama. Mas o
presidente também está surpreendentemente vulnerável nesse campo. E o
candidato do Partido Republicano nas eleições poderá atacá-lo exatamente
no ponto em que Obama considera, erroneamente, ser sua maior força,
traduzindo as críticas da ala de centro-direita à atual política externa
em temas de campanha e ação. E aqui está como derrotá-lo.
Em
primeiro lugar, o candidato republicano deve adotar um tom nacionalista e
confiante. Enfatizar o excepcionalismo americano, expressar o orgulho
no país como uma força para o bem do mundo e preconizar uma nação que
seja novamente respeitada (e, em algumas áreas, temida) como potência
global dominante. Obama age como se os Estados Unidos fossem um gigante
de pés de barro, um erro que os eleitores já se deram conta. Afinal,
esse é o presidente que disse: "Eu acredito no excepcionalismo
americano, como também suspeito que os britânicos acreditam no
excepcionalismo britânico e os gregos no excepcionalismo grego".
Os
eleitores também acham que ele está satisfeito em administrar o
declínio dos EUA para uma condição em que a nação será apenas mais um
país entre muitos. Como ele afirmou, a sua "é uma liderança que
reconhece nossos limites".
O candidato republicano na disputa
pela presidência deve usar as próprias palavras e ações de Obama para
mostrar como ele é ingênuo e fraco nos assuntos externos. As promessas
não cumpridas, as oportunidades perdidas, as mudanças desordenadas
sugerem que ele vive num mundo irreal e está completamente perdido. Por
exemplo, antes de ser eleito, Obama prometeu se reunir com os líderes de
Cuba, Irã, Coreia do Norte, Síria e Venezuela "sem precondições". Nada
ocorreu, exceto um violento golpe para a imagem dos Estados Unidos como
aliado fidedigno. Durante a campanha de 2008, ele também afirmou que o
Irã era um país "minúsculo" que "não representava uma séria ameaça".
Quão insensato isso parece agora?
Por outro lado, o candidato
republicano não deve vacilar e deixar claras as áreas em que Obama
manteve a política do seu predecessor republicano praticamente intacta.
Ele ficará muito embaraçado se o candidato republicano parabenizá-lo por
ter adotado a mesma estratégia de reforço de tropas no Afeganistão
adotada por George W. Bush, reforçado o uso de drones, revertido o curso
no tratamento dos terroristas presos e renovado o Ato Patriótico depois
de tê-lo condenado como "uma lei perigosa e inoperante".
Essas
congratulações darão ao candidato republicano mais força para criticar
os muitos fiascos de Obama - não apenas a sua proposta de uma
aproximação com os tiranos no Irã, Coreia do Norte e Venezuela, mas
também o desastroso "restabelecimento de relações" com a Rússia, e a
péssima administração das relações com o Paquistão, cronogramas
elaborados politicamente no caso da retirada de tropas do Iraque e
Afeganistão, e o desprezo para com aliados tradicionais importantes,
como Otan, Canadá e México, e potências emergentes, como a Índia.
Obama
reconhece que é visto como um presidente "frio e distante" e o
candidato republicano deve martelar neste ponto. O presidente tem poucos
amigos reais no exterior (exceto, naturalmente, o primeiro-ministro
turco, Recep Tayyip Erdogan, como disse a Fareed Zakaria da revista
Time). O candidato republicano precisa criticar Obama pelo fato de ele
não entender que o engajamento pessoal do presidente dos EUA é essencial
para uma liderança global eficaz. A falta de contatos mais regulares
com o premiê iraquiano, Nouri al-Maliki, e o presidente afegão, Hamid
Karzai, que destruiu as relações com antigos aliados dos EUA, é
simplesmente o exemplo mais discordante e inexplicável da abordagem de
não intervenção do presidente.
Como a campanha este ano será
devotada a promover a mensagem republicana com relação aos problemas do
emprego e da economia, o candidato do partido deve expressar sua visão
de política externa não mais tarde do que o início do verão. E deixar
claro para os eleitores para onde pretende levar o país também é
importante para consolidar sua imagem como o líder que merece ocupar o
Salão Oval. Apenas projetar a imagem certa não basta.
Áreas
vitais. O candidato republicano terá de atacar pelo menos quatro áreas
vitais. A mais importante é a luta que definirá este século: o
terrorismo islâmico radical. Ele deve argumentar que a vitória deve ser o
objetivo nacional dos EUA, e não apenas procurar "deslegitimar o uso do
terrorismo e isolar aqueles que realizam atos terroristas", como
estabelece a Estratégia de Segurança Nacional aprovada por Obama em maio
de 2010. Como na Guerra Fria, a vitória exigirá o envolvimento
permanente dos Estados Unidos e a disposição para adotar todos os
instrumentos necessários para isso - da diplomacia aos elos econômicos,
do uso da inteligência à ação militar.
Em segundo lugar, o
candidato republicano deve condenar a precipitada redução de tropas no
Afeganistão e os profundos e perigosos cortes no orçamento da Defesa. As
duas medidas foram vistas com ceticismo pelos militares: a primeira
encoraja os adversários dos EUA e desencoraja seus aliados; a última
provoca uma profunda preocupação em veteranos e outros americanos que
duvidam do compromisso de Obama com o Exército.
Em terceiro
lugar, o candidato republicano deve se concentrar no perigo representado
pelos Estados renegados, particularmente Irã e Coreia do Norte. O
próximo aniversário de três anos da fraudada eleição presidencial
iraniana, em junho de 2009, é um momento oportuno para o candidato
reunir-se com exilados iranianos e proferir um discurso de porte,
chamando atenção para a fraqueza e ingenuidade de Obama ao lidar com
Teerã.
Em parte pela péssima maneira com a qual tem conduzido a
questão iraniana, Obama perdeu muito apoio financeiro e político de
parte da comunidade judaica americana. Seu enfoque com relação a Israel
também tem sido débil e irresponsável. O candidato republicano precisa
deixar clara a ameaça à existência de Israel da parte de um Irã
possuidor de armas nucleares - não apenas porque isso vai reduzir o
apoio que o presidente tem dentro de um bloco eleitoral crucial em
Estados-chave numa eleição, como Flórida e Ohio.
Economia. A
quarta linha de ataque refere-se à debilitada economia dos EUA e como
restaurá-la. Para muitos eleitores, a condução da economia por Obama tem
sido inconsistente e até contraproducente. O que torna imperativo que o
candidato republicano defenda a promoção do comércio e um maior
engajamento econômico internacional. O fracasso de Obama em competir com
outros países em mercados que estão se abrindo agressivamente para
exportações e empregos, deve ser ligado à sua responsabilidade pelo alto
índice de desemprego doméstico e a anêmica recuperação econômica.
Sem
dúvida, Obama tentará se antecipar às críticas à sua política externa,
repetindo incansavelmente que Osama bin Laden foi morto sob a sua
supervisão. No final da campanha, alguns eleitores perguntarão se o
presidente pessoalmente deu o tiro de misericórdia. A melhor resposta
será elogiar o presidente. Mas ao fazer isso, o rival de Obama deverá
elogiar todos os atores envolvidos no drama, especialmente os homens das
forças de elite da Marinha, cujo ataque corajoso matou o líder
terrorista. E os infatigáveis analistas da CIA cujos palpites
convenceram o então diretor Michael Hayden em 2007 a iniciar um trabalho
vigoroso que acabou levando ao complexo de Abbottabad. No final, os
eleitores saberão que Obama não matou Bin Laden - foram as forças de
elite.
Na ausência de uma grande crise internacional, a eleição
abrangerá especialmente problemas como emprego, gastos, reforma da saúde
e energia. Os eleitores, contudo, querem um presidente com uma
liderança no plano global e um comandante-chefe que projete força, não
fraqueza.
Uma pesquisa realizada em novembro pela Resurgent
Republic mostrou que 50% dos eleitores (como também 54% dos
independentes que se identificam como tal) acham que a posição dos EUA
no mundo está pior sob Obama, ao passo que 21% acreditam que está
melhor. O que representa uma queda drástica em relação a abril de 2010,
quando 50% dos eleitores (e 49% dos independentes) achavam que Obama
melhorara a imagem dos EUA.
Isso porque Obama não conseguiu se
tornar um líder internacional forte e o candidato republicano deve
reforçar esta mensagem - na qual muitos americanos já acreditam. A
política externa é o ponto frágil deste presidente, não sua força. /
TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO
Monday, August 27, 2012
As Marias Antonietas concursadas
Em um quadro geral, quem usa prestar concurso público para cargos da alta admnistração e quejandos (vulgo "sangue-azul")nessa jostra o faz, digo isso sem pestanejar, tendo em vista o vil metal solamente.Não que o ócio remunerado, a estabilidade mesmo em meio a "famine starvation" e a chance de humilhar os reles mortais não entrem também como razoável estímulo para tal decisão.O fato é que, funcinário público quer dinheiro: o meu, o seu, o do Seu Manoel que acorda as 3 da manhã para tocar sua padaria e até o do flanelinha da esquina- pois esse também tem que comer, e se ele compra uma coxinha fria no bar da esquina também está financiando, via imposto de consumo, a aristocracia barnabé.
Engraçado são as reações ,nas caixas de comentários e grupos de discução, das vestais ofendidas pelo grito da criança de que o(s) rei(s) vai(vão) nu(s).Tipicamente segue o roteiro do bom canalha intelectual, começam por uma autoavalição em que seus méritos e qualidades empalidecem gênios, santos e heróis- colocam a aprovação numa prova de concurso num patamar intelectual que os distancia anos-luz de Aristóteles, Leibnitz e Einsteis ...somados, afirmam com tanta ênfase seu empenho e abnegação que jogam no inferno da desídia e da preguiça Gandhi e São Francisco.Tudo isso para concluirem que o que recebem é pouco, diria mesmo mínimo, infinitesimal, subatômico, frente ao bem que fazem a sociedade.
Segunda fase- contestados por fatos que mostram ululantemente que engenheiros, médicos, enfermeiros, policiais, professores, etc, estudam anos a fio, muitos disputam seleções dificílimas e passam por estágios quase humilhantes na iniciativa privada, fazem um bem maior e tão mais essencial a sociedade e receberm uma fração ridícula do que ganha a neonobreza...Ah,aí as Jaciras rodopiam e tem um troço, passam a chamar os outros contendores de burros, ignorantes, de não terem capacidade intelectual para ser um...pausa para ouvir o som das esferas celestiais e os coros angelicais..."concursado" (mais um pouco fazem como o Povo do Livro e evitam falar a palavra como um todo para não ferir sua sacralidade, tal qual El''). Não passa pela cabeça de nossos senhores, grandes khans, que talvaz a maioria das pessoas não se sinta bem em passar a vida "despachando", "carimbando", "fiscalizando", "garantindo" em troca de um salário de nababo. Tampouco é como muitos invocam, inveja por esse mesmo salário.Não Sua Barnabência, o que não queremos é pagar a duplicação do seu salário com os nossos impostos.
Terceira fase- o justificar do salário nababesco pelo uso do famoso "daí vocês vão ver a qualidade piorar"- bom, como estou tratando da Marias Antonietas não vou entrar no mérito de carreiras públicas não tão bem remuneradas como as do Versailles federal, mas fico pensando como setores tais quais educação e saúde poderiam ter seus serviços piorados- minha imaginação não vai a tanto.Mas eu imagino a Receita Federal melhorando seu serviço- vão passar a instalar paus-de-arara nos postos regionais e fazer toque retal para ver se tem trocado escondido do fisco- se aumentar a rapina vamos ter que começar a pagar com serviços sexuais. No caso das polícias federais, uma diminuição da salário seria até benéfica para a redução dos vários tráficos, já que aumentaria substancialmente o valor das propinas nas fronteiras e estradas, levando a um custo maior o negócio dos traficantes que poderiam optar por mercados mais baratos.
Quarta fase- aí vem o brado paradigmático, arquetípico, fundacional da mentalidade barnabé: "Você sabe com quem você está falando?". Ao que sempre fico tentando responder que minha capacidade de ler a mente anda meio enferrujada e que não sou leitor assíduo de "Caras".Em se tratando desses heróis anônimos da burocracia todo cuidado é pouco para não escarificar sua autoestima inflada, pois quando o balão estoura a saraivada de impropérios e calão de cais do porto imperam. Um tipo então, presumidamente fiscal da receita se vangloriava de ter levado inúmeros empresários à falência, ficamos sem saber se em virtude da gravidade da infração e do rigor da legislação ou da falta de acordo quanto ao umedecimento das mão, e ameaçava com a malha fina os hereges contestadores da reposição salarial.
Mas aí você esfrega no pincenez do lorde as estatísticas internacionais que mostram que um policial federal ganha, mesmo absolutamente (já nem falo proporcinalmente ao PIB ou IDH) mais que um agente do FBI. Isso leva nossos vetustos amigos a sofrerem a encarnação do espírito de Carminha e quererem te enterrar vivo.Isto porque sabem que são o que são: -uma classe que existe em função de sua perpetuação, na qual o pressuposto de aumentar infinitamente o Estado não tem nada a ver com a melhoria do atendimento da população e tampouco com planejamentos estratégicos para o fortalecimento da nação, tem apenas a ver com o aumento do poder de pressão sobre os poderes constituídos e de opressão sobre a populaça. E se a mesma trabalha 60% do ano para pagar impostos e tem um porco retorno desses mesmos ,ora, que comam brioches!
Wednesday, August 15, 2012
O consolo da filosofia
O homem pode deixar corromper-se de múltiplas formas: pelo dinheiro, pelo vício, pela lisonja, pela inércia, pelo clima, pela coletividade, pela estupidez, pelo egoísmo, etc. Algumas destes fatores são redundantes, eu sei. Muitas vezes operam até em conjunto - 1,2,3 até4 ! -, sem dúvida. Mas dois suplantam e imperam sobre todos os outros, como aqueles que mais vítimas humanas têm causado: o Poder e o Medo.
São implacáveis e inesgotáveis, difícil, senão quase sobreumano, é resistir-lhes. Ainda mais porque operam em equipe, caçam em conjunto - àqueles a quem não corrompe o Poder, quase sempre corrompe o medo; e se a uns domina a soberba e a impiedade, a outros, geralmente tributários daqueles, subjuga a covardia, a pulsilanimidade e o servilismo. Escravos, todavia, são eles todos... Por uma razão muito simples e suficiente: nenhum deles é senhor de si. De tal modo que uma lei universal e sinistra se vem perpetuando, através dos povos e séculos: quando maior o Medo, maior o Poder; e quanto maior o Poder, maior o Medo. Há quem diga que ambos, medo e Poder, não passam de duas faces horrendas do mesmo monstro. É possível. Aprendi na vida que se nesta há algo que a valha, talvez se resuma numa palavra: resistência. Resistência a todos os tipos de corrupção (sabendo nós antecipadamente que a nossa própria natureza é falha, nos retira o ànimo e embosca a vontade ,que por sua vez é uma forma garantida de corrupção), mas sobretudo ao Poder e ao Medo. Pois morrer, todos vamos; mas morrer inteiros, só mesmo alguns... raríssimos!.
Essa raridade exemplar é mesmo uma constante e uma certeza históricas. Que eu consiga vislumbrar, à parte Jesus Cristo que pertence a outra dimensão, ocorre-me, na Antiguidade, Diógenes. Há um episódio paradigmático: convocado por um qualquer general de Alexandre, Diógenes ignorou impávido colosso a ordem. Enfurecido, o general reforçou a ordem com uma severa ameaça: ou Diógenes comparecia perante ele, ou ele, general, matava-o (caindo no nosso famoso :"manda quem pode, obedece quem tem juízo") .Mas a noção de juízo de Diógenes não era tão comezinha. Resposta do filósofo ao ordenança: "diz-lhe que não vou. nem irei nunca. E matar-me não é grande proeza nem nada que me tire o sono: qualquer escorpião consegue fazer isso."
Me recordo ainda de uma cena do grande filme "Dr.Jivago", onde no princípio da revolução bolchevique os ditos comissários "do povo" começavam a embarcar como gado a população em vagões de trens para algum lugar não sabido, e a populaça, em número infinitamente maior que os poucos guardas armados lá ia rumo ao abatedouro, cabisbaixos, enfim bovinos, mas num canto do vagão está um anarquista, arrebentado, espancado, pois sofrera as carícias da revolução previamente.Este levanta os braços presos por grossas correntes e grita desafiador para os demais: - "Só eu sou verdadeiramente livre nesse vagão". Não o corrompeu o Poder, como nunca o corrompeu o Medo.A batalha mais difícil nunca é aquela que espera o guerreiro no campo; mas a que espera o vencedor dessa batalha. Quantas vezes ganhar o mundo não é perder a alma?...
A se pensar no momento espúrio que vivemos .
Parem o trem que eu vou pular
Dá-me engulhos meus conterrâneos e minh'alma se envergonha deles, por eles e de minha porca inação.Indignado sou, estou, brado indininação, cago-a diuturnamente, pour quoi? Pour se sentir un imbécile? No meu entorno os indignados se esfalham no gogó mas se recusam a olhar um palmo a mais além do alcance de seus perdigotos igualmente indignados. Se apenas votassem em bandidos, vá bene, mas não, trabalham para bandidos, compram de bandidos, vendem para bandidos, garantem audiência televisiva para bandidos, dão dizimo para bandidos...e o pior de tudo, são educados e tem respeitinho para com bandidos.Que tenham medo de levar processo até se entende - aqui a rábulização da existência ainda vai fazer "1984" parecer uma distopia agradável, mas mostrar respeito por gente vagabunda, sanguessuga, prepotente, vil, idiota, inculta, meramente por travestirem-se de "otoridades", "especialistas", "estudiosos", "pensadores" é se posicionar totalmente rente ao chão, e de barriguinha ao céu para melhor lamber a sola dos sapatos que vos esmagarão.Só se rasteja para se chegar silenciosamente a retaguarda do inimigo e cortar sua garganta, qualquer outro uso dessa locomoção moral é imitar os vermes, mas estes ainda tem a desculpa de não ter opção.
Questiones
Mui me intriga a história da humanidade.Pois tal qual vivem a guinchar os liberais que o mercado é a solução para todos os males (existentes, hipotéticos e porque não oníricos) da nossa porca existência, fico a matutar como as infindáveis gerações que precederam a encarnação deste novo verbo puderam sobreviver sem esse insubstituível maná.Como puderam os chineses levantar sua muralha que pode ser vista do espaço sem buscar investidores de risco, como as catedrais góticas subiram ao mais sublime da arquitetura sem o aporte de hedge funds, como nossos antepassados conseguiram singrar todos os oceanos desbravando meio mundo conhecido sem antes verificarem a oscilação das commoditties.Questiones, questiones....
Viva la isla bonita...
http://www.commentarymagazine.com/2012/07/08/sicko-revisited-castrocare-cholera-cuba/
"The people of Cuba can’t get proper treatment because they are being penalized for the worst precondition going: Communism. The same pre-condition has prevented them from even speaking of their misery: “a hospital employee reported that doctors are signing death certificates saying that the victims died from ‘acute respiratory insufficiency’ rather than cholera.”
A epidemiologia bolivariana emerge para o assombro da ciência contemporânea.
Depois da genética de Lysenko ter contribuido para que no início do século alguns milhões encontrassem um mundo melhor- ah, mas lançam-me à fuça que esses morreram de fome pelas sucessivas quebras de safra decorrentes da aplicação do método sancionado pelo paizinho Koba! Ó raios, não sabeis ler? Este escriba colocou lá...um mundo melhor...por suposto que ao encerrar um processo de inanição só se pode estar melhor, e isso independe da crença no além-túmulo, pois como diria Tiririca, pior não fica!Bom, mas dizia eu, para o assombro do mundo, a Latrinoamérica não admite ser deixada para trás (salvo uma porção do continente, em raras ocasiões e em rankings desimportantes, como os testes PISA para avaliação educacional, coisa besta que sequer arranha a magnanimidade da obra).Eis que dessa ínsula Atlântida caribenha, depositária das magnas esperanças em futuros radiantes, desponta mais uma revolução, a da estatística.
Dizia Mark twain :«Há três espécies de mentiras: as mentiras, as mentiras sagradas e as estatísticas.». Gajo desinformado. Esqueceu pois da mentira galvanizada pelo divino, aquela que tal qual o Cordeiro "é por nós, para nós e para o perdão de nossos pecados", a mentira REVOLUCIONÁRIA,que de acordo com o Dicionário Emir Sader de Conceitos Bizarros, não é uma mentira, mas uma "pequena" distorção de um fato em benefício de um Bem maior (se encaixa em conceitos similares que abrem mão de filigranas semânticas burguesas: ação criminosa = erro, bandido = aloprado, compra de parlamentares = recursos não-contabilizados,etc.).
Mas me surpreende e até encanta a parcimônia dos doutores cubanos, fosse cá no burgo "nunca dantes nestepaiz...." e tascariam na "causa mortis" hipervitaminose ou quiçá obesidade mórbida, pois é mister realçar a ascensão da classe F, e porque não da G, H,etc, aos patamares de vida escandinavos (pois os impostos, lépidos e fagueiros que são, já lá chegaram ).E se é difícil equalizar nossas estatísticas com as hiperbóreas enquanto o coração da patuléia ainda bate, saiba que filho teu não foge à luta, é só a Sociedade Civil Organizada (aka Partido,Cosa Nostra) mandar que a gente pega a bala perdida, o índiozinho com kwashiorkor (e se chegar a idade adulta, o alcoolismo ou a incineração urbana com o similar espírito), a infecção hospitalar, as epidemias ressurgentes, a gente pega e tasca no atestado de óbito:"Suicídio por depressão tediosa".Se precisar acrescenta no PhotoShop um sol da meia-noite e uma aurora austral para maior credibilidade.
God save the Queen
Brevemente, num Serviço Nacional de Saúde falido perto de si: Hospitals ‘letting patients die to save money’
Hospitals may be depriving elderly patients of food and drink to hasten their deaths as part of cost-cutting measures to free up bed space, leading doctors warn.Ah, a Pérfida Albion! O SUS anglo-saxônico pondo em prática o "cost management" do liberalismo engravatado. Mais treinamento da barnabézada com consultores privados em workshops (e termos quejandos) eis que chegaremos ao "Home cutting Care", onde equipes multidisciplinares munidas de travesseiros, sacos plásticos (copyright Capitão Nascimento) e serigas com ar virão a tornar o sistema de saúde menos sobrecarregado.
PS: me questionam qual a necessidade de equipes multidisciplinares. Ora pois, respondo com a anedota da barbearia portuguesa "Três irmãos". - Mas por que esse nome se só um é barbeiro!Ah estulto, pois não entendeis: -Dois seguram e um corta!Bom agora é só usar aquela faculdade correlativa.
Ufanismo
Porque Abel não morreu com a traulitada que Caim desferiu em seu côco, resistente que sói, veio mancando e babando para estas paragens e na falta de algo melhor que fazer embuchou uma mono-carvoeira. Da cruza de um retardado com um símio tivemos Luzia de Lagoa Santa, a primeira brasileira, que por partenogênese gerou toda uma prole de Ile-aiês, que faziam migrações sazonais para se reproduzirem ao som de batuque no terreiro de Mãe Menininha do Gantois.Com muito aché do afoxé comeram o Bispo sardinha após uma transação comercial mal sucedida envolvendo espelhinhos, apitos e vibradores de silicone. Alguns mêses depois cá aportaram minhotos degenerados por vinte gerações de casamentos consanguíneos, melhorando a genética da raça. Epur si muove.
Wednesday, February 14, 2007
Dedetização
Estava sem saco para atualizar o blog.Já iam quase quatro mêses.Neste interim na Banânia, valentes combatentes da luta de classes trataram de realizar várias atitudes nobres para despertar o movimento dos excluídos de pele escura pela verdadeira revolução proletária, que varrerá a elite branca do pudê.Eis a cronologia: em dezembro de 2006, os valentes justiceiros atearam fogo num ônibus de linha queimando meia dúzia de burgueses, incluíndo um maldito bebê burguês e sua progenitora, evitando assim que mais um explorador da classe oprimida brasileira se desenvolvesse para continuar seu odioso processo de expoliação da classe trabalhadora afrodescendente; em janeiro foi a vez de uma odiosa família burguesa ser devidamente justiçada, ardendo dentro de seu objeto de consumo burgues (i.e. o automóvel) até a morte, quer dizer, quase, o burguezinho de 6 anos ainda conseguiu sair do carro com 90% do corpo queimado e usufruiu da ssistência pública de saúde por algumas horas, privando os filhos dos trabalhadores de terem igual assitência no período; por fim, neste glorioso fevereiro, dois rapazes, negros e explorados, para demonstrarem a essa sociedade branca e excludente sua insensibilidade, arrastaram por 7 km um exploradorzinho e consumista burguês de 6 anos, para que a detestável sociedade branca exploradora visse que seus cabelos loiros e olhos azuis não a tornam imune à justiça proletária.
Se o assunto não fosse nauseante e deprimente, alertaria os petistas para apertarem a tecla SAP.Escrevi toda essa merda acima psicografando alguns vapores e flatos que emanaram da cabeça da gagá e vagabunda Sra. Marilene Felinto.Bem poderia ter sido essa baranga homicida a ter escrito o que se leu acima, já que a vaca escreveu algo extremamente pior, pior porque sincero.Tal biscate genocida justifica o crime hediondo cometido contra o João Hélio e acusa a sua família do ocorrido, conforme mostra um artigo publicado no blog Alerta Total, do jornalista Jorge Serrão.Alguns podem dizer que temos que responder essa insanidade com palavras civilizadas - aos que me pedem isso, só tenho a dizer uma coisa: -Vão tomar no cú!Outros como o grande Reinaldo Azevedo sugerem que se cuspa em gente assim.Melhorou, mas para o comentário da estercorácea Felinto cusparadas não bastam.O melhor que se tem a fazer para tal vagabunda "pensante" é abrir seu côco a marretadas, para ver se assim o fluxo de merda que jorra incessantemente do seu giro frontal até sua caneta para um pouco de emporcalhar as páginas de nossa imprensa.Repitam comigo: VAAAAACA. Daí sim podem cuspir.
Monday, November 20, 2006
Dá um tempo.
Sisterzinha, você se mete com a "corônia" e vem falar para eu fechar meu bordelzinho aqui, se liga, meu blog já foi fichado pelo PT já faz uns 5 mêses, mando petista à merda na média de uns cinco por semana. Você acha que essa putada vermelha me assusta! Cuspo na cara deles e do Apedeuta, falo isso em público, explico as premissas e a conclusão (sou aristotélico até demais).Agora, me apurrinhar por causa duns japa! Manda eles procurarem um sex shop e comprarem um "penis enlarger", daí eu converso.Bilu!Fui!