Wednesday, February 23, 2005

O Armário de Cony

Na época do governo FHC (o qual, verdade seja dita, nunca simpatizei , por ter sido uma antessala politicamente correta do petismo) o jornalista Carlos Heitor Cony vivia bradando aos quatro ventos a existência de esqueletos no armário do governo tucano. Não que não existissem, como a compra de votos para reeleição, propinas em privatizações, e muitas outras benesses de nossa tradição patrimonialista, mas no máximo podiam ser chamadas de esqueletos como mera figura de linguagem. Me espanta agora o absoluto silêncio de Cony quanto aos esqueletos acumulados pelo governo petista no seu armário num período equivalente a um quarto do de seu antecessor. Esqueletos esses não mais metafóricos como os do outro, mas feitos de ossos humanos, como o do policial torturado e morto pela quadrilha do MST, as quatro testemunhas do assassinato do prefeito Celso Daniel em Santo André e os quarenta garimpeiros trucidados pelos índios na amazônia sob a proteção da FUNAI. Até quando os narizes tão sensíveis de nossa imprensa esquerdista igualmente tão sensível vão suportar o cheiro destes esqueletos em decomposição.

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Esta é uma página pessoal, não é banheiro público que é obrigado a aceitar qualquer dejeto que saia de orifícios semi-articulados como soi ocorrer cá no burgo palafitado.Portanto não serão publicados ataques a honorável pessoa que vos fala, tampouco ataques objetivos a outras pessoas ou que deem margem a ações judiciais , mesmo a rematados filhadaputas que por acaso os mereçam, pois meu preciso dinheirinho é suado e me enoja a perspectiva de ficar em audiências com os tipos de rábulas engravatados e togados que infestam nossas paragens.

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