Sobre tryptanol e seguir vivendo

Fico sabendo que invadiram a casa da mãe do Reinaldo Azevedo, e ao que tudo indica não foi assalto.Uma das maiores inteligências desta merda de país vai ser obrigado a se exilar, como já fez Olavo de Carvalho e provavelmente o fará Diogo Mainardi. É o crime supremo de ter olhos na nação de cegos e de ter boca para falar o que se viu.Para uma sociedade doente que resolveu romper com tudo que poderia ser aproveitado de seu passado, cuspiu na Tradição e inventou uma história postiça onde nulidades são exaltadas, traidores são entronizados como heróis, covardes são condecorados, onde a inversão satânica atingiu seu apogeu: criar uma legislação racista se torna "luta contra o preconceito" e assassinar um feto no ventre da mãe se torna não só desejável, como também um ato altruísta.É até dignificante ser perseguido numa ditadura se ela não se utilizasse da perversidade semântica para achincalhar o perseguido e transformá-lo em culpado.Penso seriamente nestes momentos se não seria mais sábio passar para a conspiração, a derrubada do regime a partir do subterrâneo, da ação de força calculada para promover as baixas necessárias para o enfraquecimento da estrutura e derrocada do poder.Se as forças da civilização tivessem estourados os miolos de Hitler e seus asseclas ou cortado a garganta de Lênin e sua quadrilha no momento certo, quanto sangue e sofrimento seria poupado?Será uma atitude mais digna ficar vociferando ou se debatendo em vão contra essa nova ordem monolítica, enquanto nos entupimos de anti-depressivos?Vocês acreditam mesmo em uma virada democrática?As massas se acomodaram, estão mentalmente obnubliadas pelo último capítulo da novela, pela nova esmola do governo, por algum modo de se encostar na previdência ou se garantir num emprego público.Não seríamos nós os estúpidos a querer disputar uma partida justa contra o trapaceiro, o violador, o fanatizado?Se estivessemos apostando apenas nossas posses ou vidas..., mas e as vidas daqueles a quem amamos, e a dos inocentes sem nenhuma relação, que sempre são mortos às toneladas quando os genocidas vencem.Temos o direito de ser tão ingênuos, de atar nossas próprias mãos.Ao invés de pactuar ostensivamente com o diabo, não estaríamos aceitando um acordo tácito com o mesmo, pecando pela omissão.