Sunday, November 20, 2005

A Negra Noite da Consciência

Há quase uma década atrás ocorreu um fato que pôs a nu a indigência da classe pensante nesse país corroborando o diagnóstico de Ortega y Gasset em "La Rebelion de Las Massas", o qual observava que a atual sociedade não produz mais os "clercs", aquela indispensável elite, que não tem nada com riqueza, classe social ou mesmo grau de instrução.Trata-se do homem que se destaca em qualquer agrupamento pela sua qualidade de liderança, seja intelectual , moral ou espiritual.Mas pior ainda, a sociedade atual não tolera os clercs.Estamos caminhando para a criminalização do pensamento.Por que divago? Porque na época em que se comemorava a dita "Semana da Conciência Negra" na PUC-RJ,um grupo de jovens lançava um jornal universitário e um dos artigos ostentava o título que dei ao meu post, neste artigo questionáva-se o têrmo "consciência negra" e alertava-se para o que ele significava, uma fraude, uma mistificação, que até um analfabeto do sertão do Cariri notaria (mas como se verá nossos universitários estão aquém do mero analfabetismo): consciência não tem cor, seja fenotípica, seja "cultural".Além disso o texto criticava também com razão as ditas políticas de reparação e cotas (que são criticadas por muitos negros no próprio país em que tiveram origem, mas pergunte a um universitário politicamente correto brasileiro se ele sabe quem é Thomas Sowell ou sobre o movimento conservador negro americano, ele fará uma cara típica de desdém imbecil e o chamará de racista).Cometiam então esses jovens um crime lesa pátria: questionavam de maneira inteligente uma mentira travestida de verdade consensual.A pena: serem agredidos quando distribuiam o jornal por meliantes "da causa" e serem admoestados pela própria reitoria católica que se preocupava mais em cheirar o traseiro de César do que propagar a mensagem de Deus. Faço esse post em homenagem aqueles moços que bravamente suportaram as injustiças que atirararam contra eles, como também partiram para uma inovação na internet com o seu jornal eletrônico "O Indivíduo", um dos primeiros veículos eletônicos que divulgava idéias conservadoras, liberais e libertárias , que influenciou tantos outros que começavam a escrever na internet e ao qual podemos dizer que temos uma dívida filial (apesar de provávelmente eu ser mais velho que todos seus editores, ainda sou um iniciante na internet). Portanto, Pedro Sette Camaras, Álvaro Veloso e Sérgio de Biasi, meus parabéns e meu muito obrigado!

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Esta é uma página pessoal, não é banheiro público que é obrigado a aceitar qualquer dejeto que saia de orifícios semi-articulados como soi ocorrer cá no burgo palafitado.Portanto não serão publicados ataques a honorável pessoa que vos fala, tampouco ataques objetivos a outras pessoas ou que deem margem a ações judiciais , mesmo a rematados filhadaputas que por acaso os mereçam, pois meu preciso dinheirinho é suado e me enoja a perspectiva de ficar em audiências com os tipos de rábulas engravatados e togados que infestam nossas paragens.

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