Alucinados

Assistir ou ler a mídia brasileira está se tornando um ordálio. A desinformação se mistura com torcida (leia-se pró-PT e anti-americana) e o telespectador acha que está sendo informado sobre o que se passa no mundo, mas o que ele recebe na verdade é o que se passa na cabeça doentia do chefe de redação, que não é um fato concreto, sequer uma opinião, mas o desejo transformado em notícia. Tome-se como exemplo a descarada torcida pró-Kerry, onde nossos bravos jornalistas não têm a menor peia de distorcer informações, enviesar dados e esconder fatos, dando a entender que a fatura já está ganha para o democrata, e pior, que caso ele (Kerry) ganhe, os EUA sairão do Iraque.Primeiro, nem o mais fanático e otimista democrata está certo da vitória no pleito. Segundo , e mais importante, nem em um sonho psicodélico os EUA realizariam uma retirada do Iraque a la Saigon 76, se Kerry fizer isso, os democratas não conseguiriam eleger mais um síndico de prédio sequer, eles podem ser salafrários, calhordas, etc., mas diferentemente da mídia brasileira, não são idiotas; até o caipira mais enfurnado da Louisiana sabe que uma retirada incondicional americana será entendida pelos fanáticos muçulmanos como um sinal verde para suas táticas de terrorismo (ou seja, terão certeza que elas funcionam), e isso seria o mesmo que abrir o sétimo selo e liberar todos os demônios do inferno na terra. Os democratas agirão tal qual o PT agiu no tocante a economia, esquecerão tudo o que falaram antes das eleições e tocarão o barco (caso sejam eleitos) na mesma toada dos republicanos, pois caso contrário serão kamikazes políticos. Mas vai tentar explicar isso para os jornalistas brasileiros: é como discutir transfusão de sangue com testemunha de Jeová. Para eles é questão de fé. Pois é fé demais!